O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, visitaram a fábrica onde estão a ser produzidas zaragatoas destinadas à realização de testes de diagnóstico à Covid-19.
Portugal passa agora a dispor de uma capacidade de produção de zaragatoas superior a 50 mil unidades por dia, suficiente para as atuais necessidades (o consumo diário atualmente ronda as 12 mil unidades) e para exportação.
As zaragatoas são resultado de parceria entre o Centro Académico Clínico Algarve Biomedical Center, a startup do Algarve, a Mark 6 Prototyping, o Instituto Superior Técnico, de Lisboa, e a empresa Hidrofer, de Famalicão.
As zaragatoas são instrumentos essenciais para a colheita de material biológico destinado à realização dos testes para detetar a Covid-19 e, devido à pandemia, que criou uma grande procura no mercado mundial, a aquisição das zaragatoas adequadas à deteção da Covid-19 tem sido difícil.
Processo de criação
O processo de desenvolvimento da zaragatoa começou no Centro Académico Clínico Algarve Biomedical Center, que consultou a listagem de materiais que, segundo a Organização Mundial de Saúde, devem ser utilizados nas zaragatoas virais para detetar a Covid-19.
O Algarve Biomedical Center criou uma equipa de investigação para análise da produção de zaragatoas, em articulação com uma startup do Algarve, a Mark 6 Prototyping. Deste trabalho resultou a definição dos materiais indicados para produzir as zaragatoas, tendo-se optado pelo dacron, uma fibra de poliéster.
Foram realizados os testes necessários à validação das zaragatoas e definiram-se as linhas estratégicas para a produção massificada, de forma a dar resposta à procura nacional.
Seguidamente, iniciou-se uma articulação entre o Algarve Biomedical Center, o Instituto Superior Técnico, de Lisboa, e a empresa Hidrofer, de Famalicão, formando-se uma parceria entre estas instituições.
A Hidrofer, que fabrica produtos de algodão, dirigiu a sua produção para a realização de zaragatoas de dacron, matéria prima mais adequada para detetar a Covid-19, o Instituto Superior Técnico faz a esterilização das zaragatoas e o Algarve Biomedical Center produz e disponibiliza o líquido de transporte necessário para colocar a zaragatoa após a sua colheita.