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2020-09-28 às 17h13

Mais de 2 milhões de vacinas contra a gripe vão ser administradas este ano

Ministra da Saúde, Marta Temido, no arranque da campanha de vacinação contra a gripe para o período 2020/2021, Lisboa, 28 setembro 2020 (Foto: João Bica)
A Ministra da Saúde, Marta Temido, assinalou o início da campanha de vacinação contra a gripe, intitulada «Vacine-se por si, vacine-se por todos» numa visita à Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) na Casa do Artista, em Lisboa, onde estão a ser ministradas vacinas a 69 residentes e 42 profissionais.

Numa declaração à comunicação social, Marta Temido afirmou que «este é um momento muito especial porque estamos num ano absolutamente extraordinário e que tem exigido o melhor de nós todos». 

A Ministra justificou ainda a escolha da Casa do Artista para o início da campanha de vacinação pelo facto de mesma não ter tido, até agora, casos de Covid-19, entre os utentes e os seus profissionais, num «resultado que nos encoraja a todos». Destacou ainda o «envelhecimento ativo» que se pratica nesta instituição, onde habitam «várias pessoas que já ultrapassaram os cem anos e que, até este momento, tinham vidas bastante ativas», artística e socialmente.

«Têm de estar aqui sujeitos a uma enorme pressão e isso é também um exemplo para toda a sociedade», acrescentou.

Reforço de vacinas da gripe constitui a maior aquisição de sempre

Este ano, a área da Saúde reforçou a aquisição de mais doses de vacinas contra a gripe sazonal, antecipando, assim, a próxima época gripal em que coexistirão a gripe sazonal, a Covid-19 e outros vírus respiratórios. Para o efeito, o Governo fez um reforço significativo na despesa com a vacina da gripe e consequente aquisição (para o SNS) de cerca de 2 milhões de doses (+34% que na época anterior), o que constitui maior aquisição de sempre. 

Utentes e funcionários de lares, profissionais do SNS e grávidas são os grupos prioritários

Recorde-se que a Estratégia de Vacinação contra a Gripe - definida pela Direção-Geral da Saúde (DGS) para a época 2020/2021 - prevê a antecipação do início da campanha de vacinação. 

Assim, a primeira fase de vacinação inicia-se a 28 setembro, com a administração prioritária a cerca de 350.000 pessoas, designadamente: 

- utentes e funcionários de lares residenciais, serviços de apoio domiciliário e centros de acolhimento temporário, lares de apoio. Neste caso está prevista a administração a 169.200 utentes (meta 95%) e 43.635 funcionários (meta 50%), com uma estimativa de 215.000 vacinas;
- Profissionais de saúde do SNS, isto é, 96.000 em hospitais e 33.000 em cuidados de saúde primários (meta 50%) com uma estimativa 65.000 vacinas;
- Utentes e funcionários da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, num total de 9.500 utentes (meta 95%) e 15.500 funcionários (meta 50%), com ima estimativa 7.800 vacinas;
- Grávidas (60%): cerca de 50 mil.

A segunda fase de vacinação iniciar-se-á a 19 de outubro e destina-se à restante população abrangida pela vacinação gratuita, para além da continuidade da vacinação dos grupos que iniciaram a vacinação na 1ª fase, de acordo com Norma a publicar pela DGS.

Farmácias também vão poder administrar vacinas

Para além do SNS, cerca de 500 mil vacinas vão estar disponíveis para venda em cerca de 2 mil farmácias, replicando um projeto-piloto que já existe em Loures. Neste âmbito serão administradas cerca de 15% a 20% das vacinas neste projeto, entre 300 e 400 mil.

Na conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, destacou o «esforço e o empenho» da Associação Nacional de Farmácias e da Associação de Farmácias de Portugal, para que tal seja possivel. 

«A pandemia tem-nos ensinado muito sobre união. Tem sido através do esforço de todos que temos conseguido ultrapassar muitos dos desafios que nos têm sido colocados. Também em matéria de vacinação contra a gripe estamos outra vez todos juntos em prol do sucesso desta campanha vacinal que será o sucesso do País», referiu o Secretário de Estado.

António Lacerda Sales explicou ainda que «as pessoas não serão vacinadas todas de uma vez. É um processo organizativo dos cuidados de saúde primários que decorrerá com serenidade até ao final do ano».