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2021-04-19 às 18h21

Governo relança estratégia para o Pinhal Interior

Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, na sessão «Programa de Revitalização do Pinhal Interior – Presente e Futuro», Sertã, 19 abril 2021
A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa participou segunda-feira, na Sertã, na sessão «Programa de Revitalização do Pinhal Interior – Presente e Futuro» (video). Com o objetivo de relançar a estratégia do Governo para este território, a iniciativa contou com a participação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C) e dos autarcas do Pinhal Interior.

«Não partimos do zero, muito já foi feito» desde a aprovação do Programa de Revitalização do Pinhal Interior, em janeiro de 2018, disse Ana Abrunhosa no encerramento da sessão, que contou também com intervenções do Secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel, da Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, e do Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Catarino.

Segundo a Ministra, «é preciso que os cidadãos do Pinhal Interior sintam a diferença, vejam melhorias na sua qualidade de vida, no aumento de oportunidades de trabalho qualificado e formação profissional, na competitividade das empresas e na resiliência do tecido produtivo. É tempo de mobilizarmos todos os atores locais, regionais e nacionais para garantirmos que estes cidadãos não sentem mais que o seu território é abandonado».

«Este é um momento único, em que não falta vontade política nem recursos», continuou Ana Abrunhosa, acrescentando que «há verbas do Portugal 2020  e que «podem ser aproveitadas»
 
O futuro do PRPI

A sessão, com o objetivo último de fazer o balanço da implementação do PRPI e perspetivar projetos concretos mobilizadores para esta região, teve ainda apresentações da Presidente da CCDR-C, do Presidente da Câmara Municipal da Sertã, do Presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, do Vice Reitor da Universidade de Coimbra, da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Florestais, do Grupo de Trabalho para a implementação de projetos transformadores das economias locais e dos projetos Forest4Future, ForestWISE e Aldeias do Xisto. Estas apresentações estão disponíveis na página da CCDR-Centro.

Segundo a Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, o foco está nas «ações e projetos concretos e mobilizadores dirigidos aos principais desafios da região». O objetivo do Governo é o de que estes projetos contribuam para «inovar e capacitar as pessoas e empresas deste território, não só no setor florestal mas também diversificando a sua base económica», completou a Secretária de Estado.

No que toca às áreas integradas de gestão de paisagem (AIGP), o Secretário de Estado, João Paulo Catarino, informou terem sido recebidas 34 propostas, «muitas delas no Pinhal Interior» As AIGP podem ser promovidas por municípios, com um mínimo de 100 hectares, sobre os quais é proposto um plano de investimento de transformação do território ao longo de 25 anos. De acordo com João Paulo Catarino, o projeto, depois de instalado, é apoiado pelo Fundo Ambiental na manutenção das áreas, que podem ser floresta, mas que também contemplam a atividade agrícola, desde que por métodos biológicos.

Já o Secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel, realçou a intenção do Governo de generalizar por todo o território o cadastro simplificado, apontando como meta georreferenciar mais de 400 mil terrenos nos próximos dois anos. Depois de serem aprovadas 138 candidaturas de municípios a fundos europeus do Norte 2020 e Centro 2020, «é tempo de avançarmos com este cadastro simplificado, capacitando equipas, comprando equipamentos e aumentando o nosso conhecimento sobre o território», disse.
 
Programa de Revitalização do Pinhal Interior

O PRPI arrancou em 2018 e já resultou num investimento total de cerca de 314 milhões de euros, com apoio de 193 milhões de fundos europeus do Portugal 2020.

O Programa contou, até à data, com um total de 55 medidas desenhadas em torno de três eixos: promoção do ordenamento do espaço rústico, reforço da segurança das populações e a proteção dos espaços florestais e desenvolvimento de uma estratégia económica e social do território.