Saltar para conteúdo
Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Notícias

2021-03-02 às 16h02

Governo lança Prémio Autárquico em homenagem a Aristides de Sousa Mendes e outros salvadores portugueses

Logotipo prémio Aristides de Sousa Mendes
O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e a Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, participaram na sessão virtual de lançamento do Prémio Autárquico «Aristides de Sousa Mendes e outros salvadores portugueses – Holocausto, valores universais, humanismo e justiça».

Este Prémio, integrado no «Projeto Nunca Esquecer - Programa Nacional em torno da Memória do Holocausto», é uma distinção honorífica e de natureza não pecuniária, que será entregue às autarquias que, por sua iniciativa ou em articulação com a sociedade civil, promovam práticas, programas ou projetos de elevado mérito e interesse público, em cinco categorias: «Coesão Social e Comunitária»; «Artes, Património e outros domínios Culturais»; «Modelar o Futuro sobre memórias e experiências vivas»; «Diferenciação, inovação, criatividade»; e «Fazer Acontecer». 

O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros fez as honras de abertura da cerimónia e, na sua intervenção, frisou que «conservar a memória do Holocausto é também conservar o nosso dever cívico de combater todas as formas de discriminação e de perseguição, em razão de convicções, de fés e de pertenças.»

Augusto Santos Silva lembrou, ainda, que «por alguma razão, o dia em que Aristides de Sousa Mendes iniciou a parte final da sua prática de conceder vistos – e, assim, a vida e a liberdade a milhares de pessoas, em Bordéus – é hoje considerado o Dia da Consciência. E o que nós queremos é que se mantenha essa consciência da importância de termos uma formação humanista e de em todas as circunstâncias prezarmos os diretos de todos e a dignidade de cada um.»

O encerramento da sessão coube à Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, que fez questão de sublinhar que o «Poder Local constitui-se como o espaço político de excelência para a promoção dos direitos humanos, por duas razões fundamentais: uma, pelo conhecimento mais próximo da realidade e uma maior capacidade de intervenção sobre o caso concreto; a segunda, pela promoção da coesão social que representa, por ser a presença do Estado em todo o território.»

Alexandra Leitão acredita que «cenários de crise como o atual expõem ainda mais a fragilidade das franjas mais desfavorecidas da população e é nestes momentos que cabe ao Estado o importante papel de assegurar a coesão social.» A este respeito, a governante não tem dúvidas de que «o Estado social é o melhor antídoto contra fenómenos radicais, racistas e xenófobos». 

Nesta sessão de lançamento do Prémio participaram também Jorge Veloso, Presidente da Associação Nacional de Freguesias; Manuel Machado, Presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP); Sónia Pereira, Alta-Comissária para as Migrações e Presidente da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial; Esther Mucznik, Presidente da Associação Memória e Ensino do Holocausto –Memosho;  e Marta Santos Pais, Comissária do Programa Nacional «Nunca Esquecer – em torno da Memória do Holocausto».