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A Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, disse que o Governo vai criar uma linha telefónica de apoio aos lares, a funcionar 24 horas por dia, e avançar também com a testagem à Covid-19 de trabalhadores dos lares, por níveis de risco.
Ana Mendes Godinho falava na Comissão de Saúde, numa audição conjunta com a Ministra da Saúde, Marta Temido dedicada à situação da pandemia nos lares, onde referiu também que está previsto um reforço das 18 brigadas de prevenção espalhadas por todos os distritos do País.
As ministras afirmaram também que tem havido um acompanhamento da situação nos lares desde março, tendo sido implementadas as medidas necessárias para uma situação que apanhou todos desprevenidos:
O objetivo sempre foi o de «nunca baixar os braços», e implementar todas as medidas para proteger as pessoas, sendo os lares «locais de grande preocupação face ao momento», disse Ana Mendes Godinho.
A Ministra relembrou que foi feito um «acompanhamento permanente» e um planeamento, desde março, em conjunto com o Ministério da Saúde, tendo sido criada uma task-force de acompanhamento e implementação de programas de prevenção em conjunto com o setor social.
Relativamente à testagem preventiva aos funcionários, Ana
Mendes Godinho disse que foram já feitos 117 mil testes e foram implementadas
medidas para reorganizar as próprias instituições.
Reforço de equipamentos de proteção individual e de
recursos humanos
Por outro lado, foram reforçados os equipamentos de proteção individual com mais 1,3 milhões de unidades (o que já custou 10 milhões de euros), além de terem sido recrutadas mais 8 mil pessoas para reforço das próprias instituições.
Segundo Ana Mendes Godinho, só ao nível dos acordos de cooperação houve já «um aumento de 120 milhões de euros» de reforço, em linha com o que tem vindo a ser feito nos últimos três anos, indo assim ao encontro das respostas sociais que precisam de mais investimento.
A Ministra disse também que quer ter em permanência uma bolsa com 400 pessoas nas 18 brigadas.
«Trabalhamos na emergência, com respostas imprevisíveis e
medidas para as instituições fazerem face à situação, e por outro lado
responder estruturalmente à forma como olhamos o envelhecimento e as pessoas
idosas» e esse é um «desafio que se impõe à sociedade», disse ainda.
Orientações sempre foram de testar todos
A Ministra da Saúde, por sua vez, disse que as orientações sempre foram de testar todos, independentemente dos programas de rastreio, acrescentando que, apesar de muitas autarquias assumirem a realização dos testes, as colheitas foram feitas pelo Serviço Nacional de Saúde, e que essa fatura não foi apresentada porque estão «todos a trabalhar para o mesmo».
Relativamente às brigadas de intervenção, Marta Temido disse que «temos equipas há muito a trabalhar e não estamos a correr atras do prejuízo».
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