Gasto em investigação e desenvolvimento atingiu 2 987 milhões em 2019

A despesa total em atividades de investigação e desenvolvimento aumentou 218 milhões de euros em 2019 (8%), atingido 2 987 milhões de euros, que representam 1,41% do Produto Interno Bruto, segundo os dados provisórios do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional relativo ao ano passado. 

Este aumento foi particularmente expressivo nas empresas, em que cresceu 10% entre 2018 e 2019 e 51% desde 2015. A despesa de investigação e desenvolvimento das empresas atingiu 1569 milhões de euros em 2019, representado 53% da despesa total das empresas na investigação e desenvolvimento de produtos e métodos de produção.

O número de investigadores aumentou para 9,6 em cada mil trabalhadores (era 7,4 em 2015 e 9,1 em 2018), crescendo 6% a nível nacional desde 2018, e 30% desde 2015. 

Estão registados 50 431 investigadores (medidos em equivalente a tempo integral), mais cerca de 2 779 do que em 2018, mostrando um crescimento de 11 759 desde 2015.

O número de investigadores nas empresas aumentou 64% desde 2015, atingindo cerca de 20 mil investigadores em tempo integral em 2019, representando agora 38% do total de investigadores em Portugal.

O Ensino Superior inclui 29 027 investigadores (medidos em equivalente a tempo integral), sendo 25 043 em 2015, representando cerca de 58% do total, enquanto as empresas incluem 19 283 investigadores (eram 11 785 em 2015), representando 38% do total. 

A despesa em investigação e desenvolvimento no Ensino Superior cresceu 56 milhões de euros (5%) em 2019 e 19% desde 2015, atingindo também um novo máximo histórico de 1 209 milhões de euros – era 1 018 milhões de euros em 2015.

Os dados de 2019 reforçam a tendência de crescimento verificada desde 2016, confirmando o processo de convergência com a Europa. 

O aumento da despesa privada em investigação e desenvolvimento (I&D) reflete o crescimento do emprego qualificado nas empresas e o esforço do sector privado em acompanhar o desenvolvimento científico e a capacidade tecnológica instalada em Portugal. 

Reflete também a prioridade política dada ao desenvolvimento científico e tecnológico e ao Compromisso com a Ciência e o Conhecimento, assim como a Estratégia de Inovação Tecnológica do Governo (Resolução do Conselho Ministros 25/2018, de 8 de março), bem como a tendência expressa no Programa Nacional de Reformas quanto à retoma do processo de convergência com a Europa.