O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que «a forte relação entre Portugal e a Alemanha tem sido muito proveitosa para o conjunto da União Europeia».
Em Lisboa, na conferência de imprensa conjunta após a receção ao Vice-Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o Primeiro-Ministro salientou que «sendo países com dimensões diferentes, com estruturas económicas diferentes e posicionados em pontos geográficos também diferentes no continente, Portugal e a Alemanha têm uma longa tradição de trabalho em conjunto, de compreensão mútua e de um comum espírito europeu».
António Costa elogiou também o trabalho de cooperação realizado com Olaf Scholz: «Tivemos os dois a oportunidade de trabalhar de forma estreita no esforço que a Europa fez para responder à pandemia de Covid-19. Além da dimensão dramática que teve no plano da saúde, a pandemia da Covid-19 produziu também uma crise económica muito dura. E Olaf Scholz teve um papel decisivo para que a União Europeia respondesse de uma forma diferente face às respostas que deu nas crises anteriores».
O Primeiro-Ministro destacou ainda que o Vice-Chanceler da Alemanha esteve envolvido na resposta de emergência à crise provocada pela Covid-19 com a adoção de «três linhas de financiamento para apoiar os Estados-membros, as empresas e, sobretudo, o emprego, através do programa SURE».
«Também esteve depois no desenho do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que está agora a chegar à fase da sua implementação», acrescentou.
Olaf Scholz agradeceu à presidência portuguesa do Conselho da União Europeia «por ter pressionado tanto para que a resposta europeia à crise aconteça agora». «A Europa precisa de uma resposta comum a esta crise. Foi mesmo crucial termos conseguido envolver os 27 Estados-membros. Estamos a dar uma resposta orçamental forte a esta crise, tendo em vista proporcionar um crescimento económico forte no período pós-pandemia. Estamos a salvar empregos e o programa SURE, que constituiu uma das primeiras respostas à crise, permitiu manter os postos de trabalho, fazendo a diferença no combate ao desemprego», acrescentou.