O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que é «necessário atuar sobre toda a cadeia de valor de produtos e serviços e aumentar a sua circularidade» para descarbonizar a economia, na sessão de abertura da Conferência de alto nível «Alterações Climáticas – Novos Modelos Económicos», organizada online pela presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.
António Costa referiu ainda que «a Europa assumiu o compromisso de ser o primeiro continente neutro em carbono até 2050», sendo este «o aspeto central da visão inscrita no Pacto Ecológico Europeu, que estabelece uma nova estratégia de desenvolvimento para a Europa e o roteiro para tornar a Europa mais sustentável».
Para isso, deve «explorar a contribuição de novos modelos económicos, incluindo a economia circular e a bioeconomia sustentável, para combater as alterações climáticas e, simultaneamente, promover uma recuperação económica e social justa a equitativa dentro dos limites do sistema natural».
Novos modelos
Sublinhando que «é o tempo de agir», acrescentou que a reação deve, «não só apoiar a recuperação económica e social em resposta à pandemia», mas ser também «disruptiva em relação aos modelos que nos conduziram ao atual estado de degradação ambiental» planetária.
António Costa lembrou que «Portugal foi pioneiro a assumir a neutralidade carbónica como objetivo até 2050 e está entre os países europeus com metas mais ambiciosas para 2030».
Por isto, o
Plano de Recuperação e Resiliência, em consulta pública, indica que «47% do financiamento será dirigido à transição climática nos vários setores de atividade e que nenhum dos investimentos será prejudicial ao ambiente».