O Secretário de Estado da Saúde, António Sales, afirmou que o primeiro estudo para monitorizar a evolução da imunidade contra o novo coronavírus na população portuguesa «já está no terreno». A medida envolve 17 hospitais e 105 postos de colheita de análises clínicas em todo o território nacional.
Trata-se do «primeiro estudo transversal» de Covid-19 promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e «visa monitorizar a evolução da imunidade contra o novo coronavírus na população portuguesa», disse o Secretário de Estado, na conferência de imprensa diária de atualização de informação sobre a pandemia da Covid-19.
António Sales referiu também que «os materiais para as colheitas de sangue e os questionários para a recolha de dados serão entregues nos locais até ao início da próxima semana», seguindo-se «a fase de recolha de amostras de sangue e dados».
Todas as análises de sangue para a determinação de anticorpos e dos dados serão realizadas pelo Departamento de Epidemiologia e Doenças Infecciosas do INSA.
Este inquérito serológico nacional é promovido pelo INSA em articulação com a Direção-Geral da Saúde e em parceria da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde e das regiões autónomas.
Governo prevê aumentar para 450 o número diário de testes nas prisões
Relativamente às prisões, o Secretário de Estado referiu que estão a ser feitos, diariamente, 250 testes de diagnóstico à Covid-19, mas que o Governo prevê aumentar para 450, através do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária.
Portugal está «entre os países que mais testes de diagnóstico fazem à Covid-19», como reconheceu a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, disse António Sales, acrescentando que, desde 01 março, já foram realizados mais de 566 mil testes em Portugal e que, entre os dias 1 e 11 deste mês, «a média foi de mais de 12600 testes por dia».
Após referir os dados relativos ao número de infetados com o novo coronavírus entre os profissionais de saúde - atualmente 3183 - António Sales agradeceu ainda a colaboração dos técnicos e profissionais de diagnóstico e terapêutica, que «têm estado na linha da frente no combate a esta pandemia» e cujos infetados passarão também a ser incluídos na estatística.