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2021-11-30 às 10h02

Empresas que promovem conciliação entre trabalho e família adaptaram-se melhor à pandemia

Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, na cerimónia de adesão de 17 novas entidades ao Pacto para a Conciliação, Lisboa, 30 novembro 2021 (Foto: João Bica)
As empresas que promovem ativamente a conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal adaptaram-se melhor à reorganização imposta pela pandemia, disse a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, para assinalar a adesão de 17 novas entidades ao Pacto para a Conciliação.

Na cerimónia, que decorre hoje na página online da Comissão para a Cidadania e a Igualdade (CIG), 17 entidades - entre organismos da administração central, universidades, empresas públicas e empresas privadas - vão assumir o compromisso de implementarem e certificarem um sistema de gestão da conciliação com base na norma portuguesa NP 4552:2016.

Com estas 17 entidades sobe para 75 o número de empresas e organismos que assumem o compromisso de aplicarem normas que facilitam a conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal, defendendo princípios e valores orientados para o bem-estar e para a qualidade de vida.

Segundo a Secretária de Estado, as entidades e as empresas que aderiram ao Pacto para a Conciliação revelaram-se mais bem preparadas para enfrentar os desafios trazidos pela pandemia ao mercado de trabalho:

«Essas empresas conseguiram adaptar-se melhor às necessidades de reorganização que a pandemia implicou em matéria de reorganização de horários, e de organizações de trabalho com a pandemia», disse, sublinhando que o Pacto para a Conciliação é um sistema de gestão integrado e sistémico.

Rosa Monteiro disse também que todos os pontos do programa «tornaram-se ainda mais relevantes e pertinentes», dando como exemplo a constituição de um grupo de trabalho tripartido no conselho permanente da Concertação Social para «discutir, debater e trabalhar soluções concretas».

A Secretária de Estado lembrou que algumas dessas soluções passaram, por exemplo, pelo alargamento das licenças de parentalidade dos homens ou por medidas concretas de organização do trabalho que «foram fundamentais já nesta pandemia nas medidas de adaptação necessárias».

Programa de conciliação

Sobre o Programa de Conciliação, Rosa Monteiro disse que o balanço «é muito positivo» e a prova está no «aumento gradual das empresas que aderem» e no «número muito significativo de empresas e entidades que já estão certificados».

A Secretária de Estado afirmou também que a pandemia demonstrou a necessidade e a utilidade das medidas para a conciliação, além de que a «adaptação é uma necessidade permanente do mercado de trabalho, que testa efetivamente a capacidade das organizações em momentos de crise como foram estes».

Rosa Monteiro referiu ainda que a discussão centra-se agora em encontrar formas híbridas de teletrabalho, que não penalizem o trabalhador e, sobretudo, quem tem a maior carga de responsabilidades domésticas e familiares, depois de muitas pessoas terem passado a trabalhar remotamente.

Segundo a Secretária de Estado «há múltiplas possibilidades de organização que são igualmente motivadoras e que são igualmente garantia de uma performance de trabalhadoras e trabalhadores no mercado de trabalho».

Entidades aderentes

Entre as 17 entidades que aderem hoje ao Pacto estão, por exemplo, o INEM, a Agência Portuguesa do Ambiente, as Universidades do Porto e de Aveiro, a empresa Transportes Urbanos de Braga, a Parpública ou o Centro Hospitalar do Baixo Vouga.

Há ainda 33 entidades certificadas com a norma NP4552:2016, das quais 21 já aderiram ao Pacto para a Conciliação, uma vez que há empresas que começaram e concluíram o processo de certificação antes de aderirem ao Pacto de Conciliação, enquanto as empresas que aderem ao Pacto estão obrigadas a fazer o processo de certificação.

Entre as 21 entidades que já aderiram ao Pacto e têm a certificação estão, por exemplo, a EPAL, a EUREST, a GEBALIS, a Imprensa Nacional – Casa da Moeda, os municípios de Loulé, Olhão ou Tondela, a NOVADELTA ou a Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros.

O Pacto arrancou em 2018 com a adesão de 47 entidades, tendo esse número subido para 58 em 2019, entre 27 serviços ou organismos da administração pública, empresas públicas e instituições do ensino superior, 16 câmaras municipais e 15 empresas privadas, e que agora aumenta para 75.

Áreas:
Presidência