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2021-02-24 às 12h49

É uma esperança para a humanidade contar com António Guterres nas Nações Unidas

Formalização da recandidatura de António Guterres a Secretário-Geral da ONU
Primeiro-Ministro António Costa assina carta que formaliza a recandidatura de António Guterres a Secretário-Geral das Nações Unidas, Lisboa, 24 fevereiro 2021 (foto: José Sena Goulão/Lusa)
O Primeiro-Ministro António Costa assinou carta que formaliza a recandidatura de António Guterres a Secretário-Geral das Nações Unidas.

O Primeiro-Ministro lembrou que «ao longo do último ano, a humanidade teve a dolorosa experiência de viver uma situação em que todos podemos perceber que os grandes desafios globais exigem sempre respostas globais. É assim na pandemia de Covid-19, no combate às alterações climáticas, na proteção dos oceanos, na promoção da paz e dos direitos humanos à escala global».

«Por isso, são cada vez mais fundamentais as organizações multilaterais», disse acrescentando «que permitem a junção de esforços entre todos para a promoção do bem e das causas comuns».

António Costa referiu que «as Nações Unidas desempenham, neste sistema de organizações multilaterais, um papel central e indispensável. Reforçar o sistema das Nações Unidas é absolutamente fundamental para o futuro da humanidade».

«Ao longo dos últimos cinco anos, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, serviu de uma forma exemplar as Nações Unidas, a sua Carta, os seus valores, encheu, seguramente, Portugal de orgulho, mas, sobretudo, devolveu força a valores fundamentais que o humanismo que inspirou a Carta da Nações Unidas precisa de ver devidamente promovidos e defendidos», sublinhou.

Reforçar as instâncias multilaterais

O Primeiro-Ministro sublinhou que «foram cinco anos particularmente difíceis, durante os quais, no mundo, se travou um grande debate entre o regresso ao nacionalismo, ao isolamento, e a defesa do multilateralismo».

«Contudo, a liderança firme de António Guterres permitiu que, passados estes cinco anos, haja um novo espírito e uma nova vontade de reforçar as instâncias multilaterais», disse, acrescentando que «a sua liderança foi, desse ponto de vista, absolutamente essencial, no momento mais difícil que as Nações Unidas enfrentaram, e nos momentos mais difíceis que a humanidade enfrentou».

António Costa afirmou que «é, por isso, com muita satisfação que registámos a disponibilidade do eng. António Guterres para cumprir um novo mandato como Secretário-Geral das Nações Unidas». 

«E é com muita honra que hoje subscrevi, em nome de Portugal, a candidatura do eng. António Guterres a um novo mandato como Secretário-Geral das Nações Unidas», disse também.

Candidatura de esperança

O Primeiro-Ministro afirmou a sua certeza de «que, sob a liderança de António Guterres, as Nações Unidas verão reforçado o seu papel no combate às alterações climáticas, na proteção dos oceanos, na promoção da paz, na garantia da proteção internacional a todos que pedem essa proteção (vítimas da perseguição por falta de liberdade ou por conflitos armados) e também assistiremos a um reforço da promoção dos direitos humanos».

«Creio que este é um momento de esperança para o conjunto da humanidade, por poder contar com a liderança de António Guterres à frente das Nações Unidas», disse, acrescentando que «é com muita confiança que conto com a avaliação que o conjunto dos países farão do mandato que está a cessar e das qualidades do eng. António Guterres para o desempenho de um novo mandato».

«Para Portugal é, seguramente, um orgulho, poder continuar a contar com um dos seus numa função tão distinta à escala global, concluiu António Costa.