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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2020-03-25 às 17h33

«É necessário garantir o abastecimento alimentar» na União Europeia

Ministra da Agricultura e Ministro do Mar no Conselho de Ministros da União Europeia por videoconferência, Lisboa, 25 março 2020
A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, e o Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, participaram, através de videoconferência, no Conselho de Ministros da União Europeia da Agricultura e das Pescas, dedicado exclusivamente ao impacto da pandemia da Covid-19.

Maria do Céu Albuquerque destacou a importância da circulação prioritária de matérias-primas e bens dentro do espaço europeu, para permitir a continuidade da produção agrícola e a oferta de bens alimentares.

Para o efeito, Maria do Céu Albuquerque disse que é prioritário dar liquidez ao setor, em particular aos mais afetados na capacidade produtiva, quer por falta de fatores de produção - como o trabalho - quer por falta de escoamento.

A Ministra da Agricultura afirmou que, para garantir a liquidez financeira necessária, devem ser implementadas medidas como: a flexibilização de compromissos e obrigações decorrentes do Programa de Desenvolvimento Rural e dos Pagamentos Diretos e da Organização Comum de Mercados única; a simplificação dos procedimentos e exigências de controlo da Política Agrícola Comum; e, finalmente, a abertura de medidas excecionais, previstas nos regulamentos, para setores com dificuldades de comercialização.

Ainda neste âmbito, Maria do Céu Albuquerque destacou a importância da necessidade de os Estados-Membros anteciparem os pagamentos diretos antes de 16 de outubro de 2020.

Recorde-se que estas propostas eram já do conhecimento do Comissário da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Janusz Wojciechowski, em carta enviada pela Ministra da Agricultura.

Mar

O Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, afirmou que as propostas da Comissão Europeia devem ir mais longe e ser reforçadas para responderem cabalmente aos problemas que os pescadores portugueses enfrentam, tendo em conta especialmente a pequena pesca costeira e as especificidades das regiões ultraperiféricas.

Por conseguinte, Portugal propôs a adoção de novas medidas, bem como a aprovação de alterações adicionais ao FEAMP, nomeadamente a possibilidade de financiar um Fundo de Garantia Salarial, com base no salário mínimo nacional, até 5% do FEAMP disponível de cada país, com vista a garantir aos pescadores algum rendimento.