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2021-06-22 às 15h50

«É na sustentabilidade que vai haver uma revolução no mercado de trabalho»

Apresentação do Livro Verde sobre o Futuro do Trabalho
O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que «é na sustentabilidade que vai haver uma revolução no mercado de trabalho».

Na intervenção, por videoconferência, durante a apresentação pública do Livro Verde sobre o Futuro do Trabalho, o Ministro realçou que a transição terá exigências enormes e vai haver uma «revolução rápida no domínio das qualificações do emprego, com criação de emprego e emprego mais qualificado para poder atender a franjas de profissões menos exigentes do ponto de vista da formação mas que tem caminho de aprendizagem à frente».

«Se o ambiente e a sustentabilidade são fatores-chave para o crescimento da economia, não podem deixar de ser também um grande empurrão para a sociedade com trabalhadores mais exigentes e mais qualificados», acrescentou, sublinhando as necessidades de qualificação para garantir que não haja falta de mão de obra adequada no futuro.

Matos Fernandes realçou que «grande parte dos investimentos que aí vêm estão alinhados com o compromisso europeu e a necessidade mundial» de atingir a neutralidade carbónica e a sustentabilidade ambiental. «Quando olhamos para o próximo ciclo de financiamentos comunitários, estamos a falar de 13 mil milhões de euros para a sustentabilidade», disse.

O Ministro destacou então que «o futuro do trabalho vai ser verde e não é só por causa da cor do livro»: «Cada vez mais o crescimento da economia vai basear-se em investimentos que estão relacionados com a sustentabilidade».

«Os recursos vão mesmo acabar e vamos ter de ser capazes de os regenerar ou reutilizar várias vezes. Os recursos são mesmo finitos e temos de abandonar a ideia do descartável, de acharmos que vamos ter sempre matérias-primas baratas para satisfazer desejos sociais, humanos e económicos», sublinhou.

Matos Fernandes afirmou que «a economia tem de deixar de ser uma economia que extrai, transforma, transporta, usa e descarta para ser uma economia circular onde o que é resíduo se transforma em produto».

Será esta nova perspetiva de economia neutra em carbono, em que Portugal poderá ser independentemente, que vai provocar a revolução no trabalho. O Ministro do Ambiente e da Ação Climática realçou que as competências técnicas de quem vai compor um aquecedor ou uma torradeira «são muito mais exigentes do que as de quem vende simplesmente».