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A Ministra da Coesão Territorial
inaugurou esta quarta-feira a Central de Triagem de Papel e Cartão da
Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão. Este foi um dos muitos
equipamentos que, depois dos incêndios de outubro de 2017, ficou com a sua
missão comprometida.
Em Tondela, ao lado do Presidente da
República e dos 19 autarcas que integram a Associação do Planalto Beirão, Ana
Abrunhosa recordou os dramáticos acontecimentos de há três anos, lembrando que
os mesmos protagonistas estão de novo reunidos, numa afirmação de que quando se
trabalha em prol da comunidade, «encontramos força, mesmo na adversidade».
A Ministra afirmou que, na região
Centro, e em articulação com os municípios e entidades no terreno, o Governo foi
chamado a apoiar mais de 370 projetos empresariais e a reabilitar total ou
parcialmente 851 habitações. Foi assim possível responder aos empresários que
viram os seus negócios destruídos, às atividades que foram forçadas a parar, ajudar
a salvar empregos e a recuperar as casas de tantas famílias.
«Os incêndios de outubro de 2017
deixaram em todos nós profundas cicatrizes. Perdemos amigos e conhecidos, vimos
arder milhares de hectares do nosso património comum. Ficou para a História
como o dia dos incêndios mais graves alguma vez registado na Europa. Os fogos
assumiram proporções gigantescas, as nossas perdas também. Três anos depois,
ainda completamos o esforço que estamos a fazer para nos levantarmos.»
Ana Abrunhosa usou o exemplo do
Planalto Beirão para destacar a importância de os municípios criarem alianças
em torno de interesses e objetivos que partilham. Há quase 30 anos esta
Associação agregou 19 municípios dos distritos de Viseu, Guarda e Coimbra, em
torno da gestão conjunta de um dos grandes desafios dos tempos modernos, os
resíduos. No ano passado fez crescer em 24% a recolha seletiva dos resíduos e já
este ano, em plena pandemia, criou um serviço de recolha de resíduos Covid.
Ana Abrunhosa regista que há cada vez
mais motivos para os municípios trabalharem em rede e vantagens em que o façam
– para arranjar soluções inovadoras para as cada vez mais complexas questões dos
cidadãos.
A governante deixou ainda um apelo aos autarcas e entidades presentes. «Não nos unamos apenas quando a tragédia nos bate à porta, mas aprendamos a construir parcerias com os nossos amigos e vizinhos, com os nossos pares, com as universidades e politécnicos aqui ao lado, aprendamos a trabalhar em rede e em equipa. Porque será sempre essa união a fazer a diferença.»
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