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A Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, afirmou que «a
dimensão da proteção dos adultos vulneráveis assume um papel central» no
semestre da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.
Na participação por videoconferência na comissão de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu, a Ministra salientou que esta será
uma grande prioridade da presidência portuguesa e realçou a estrutura etária da
União Europeia.
«Como sabemos, um número muito significativo de adultos,
numa população europeia genericamente envelhecida, enfrenta limitações devido a
deficiência ou insuficiência das suas capacidades pessoais. Os adultos
vulneráveis enfrentam desafios e dificuldades na proteção dos seus direitos, na
defesa dos seus interesses e no acesso à Justiça», disse.
A Ministra da Justiça acrescentou que «a livre circulação de
pessoas no espaço da União Europeia leva a que estes cidadãos se confrontem
muitas vezes com dificuldades adicionais ao nível linguístico, da representação
ou mesmo de acesso ao próprio sistema judicial».
Francisca Van Dunem salientou que apenas um terço dos
Estados-membros ratificaram a Convenção de Haia sobre Proteção Internacional dos
Adultos, de 2000, e insistiu que esta é «uma matéria também de grande
sensibilidade».
«A garantia e a promoção dos direitos dos adultos vulneráveis
no âmbito civil e penal assumem-se por isso com uma prioridade estratégica, que
merece uma reflexão conjunta de todos os Estados-membros», reiterou.
«No plano mais teórico e técnico, vamos organizar uma
conferência de alto nível no dia 30 de março, e estamos confiantes de que essa
conferencia resultarão ideias e conclusões sobre como tornar mais efetiva a
proteção dos adultos vulneráveis no espaço da União Europeia», disse também.
Entre outras prioridades da presidência portuguesa na área
da Justiça, estão a digitalização do setor, a par da reflexão sobre as ligações
entre a contrafação e a criminalidade organizada, o combate ao terrorismo e à
cibercriminalidade, os crimes de ódio e demais formas de discriminação, e a
proteção do Estado de direito e dos direitos humanos.
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