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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2020-11-09 às 11h34

Continuamos «a reforçar o Serviço Nacional de Saúde para além do Covid»

Primeiro-Ministro António Costa adjudicação da obra do novo Hospital Central do Alentejo, Évora, 9 novembro 2020 (Foto: Nuno Veiga/Lusa)
O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que apesar do esforço enorme que a pandemia exige, o Governo continua a reforçar o Serviço Nacional de Saúde e a melhorar a sua capacidade de resposta porque «há vida para além do Covid».

Na cerimónia de assinatura da adjudicação da obra do novo Hospital Central do Alentejo, em Évora, em que esteve também presente a Ministra da Saúde, Marta Temido, António Costa destacou a importância desta infraestrutura, que terá um custo de 200 milhões de euros, dos quais 40 milhões oriundos de fundos europeus.

«O apoio da União Europeia é fundamental, mas o grande esforço é do orçamento nacional. E é um esforço que é necessário e que temos de continuar a prosseguir», disse o Primeiro-Ministro, dando como exemplo o investimento previsto para a construção dos hospitais do Seixal, Sintra, Oriental de Lisboa, e para as dezenas de novos centros de cuidados de saúde primários, para a rede de cuidados continuados integrados, e para o desenvolvimento do plano de saúde mental.

António Costa referiu-se ainda à adjudicação da construção deste hospital como «um bom testemunho de como a resposta à crise que estamos a viver é completamente diferente da resposta que se deu à crise que vivemos em 2011». 

«Nessa altura a resposta à crise foi a de suspender o investimento público, designadamente, a construção deste hospital. A resposta que estamos a dar a esta crise é precisamente a oposta» porque «num momento de crise tão profunda» o Estado «tem de mobilizar os seus recursos, os recursos europeus e, assim, contribuir para a melhoria económica do País», disse ainda.

500 mil utentes

O novo hospital vai dar resposta às necessidades de toda a população do Alentejo, com uma área de influência de primeira linha para cerca de 200 mil pessoas e de segunda linha para mais de 500 mil pessoas.

O hospital terá uma lotação de 351 camas em quartos individuais, a qual poderá ser aumentada, em caso de necessidade, até 487 camas. Terá o total de 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para atividade de ambulatório e dois para atividade de urgência, e ainda cinco postos de pré-operatório.

Além dos ganhos na possibilidade de acesso a mais serviços hospitalares, o novo hospital terá:
  • mais alto nível tecnológico, caracterizado pela existência de uma componente de radioterapia, de medicina nuclear e de procedimentos angiográficos de diagnóstico e terapêutica, permitindo responder às necessidades da população no Alentejo, reduzindo significativamente o recurso a viagens a Lisboa, com benefícios de qualidade para o doente e de redução dos custos de transporte;
  • 30 camas de cuidados intensivos ou intermédios, distribuídas por cuidados polivalentes, coronários e intermédios, várias salas para a realização de exames especiais e 40 de postos de recobro, distribuídos por 3 tipologias;
  • elevado desenvolvimento das áreas de ambulatório, traduzido nos espaços dedicados a consultas, hospital de dia, meios complementares de diagnóstico e terapêutica e cirurgia de ambulatório;
  • especialidades que têm atualmente falta de condições, como cirurgia plástica, cirurgia vascular, imunoalergologia e neurocirurgia, serão desenvolvidas;
  • especialidades como cirurgia maxilo-facial, reumatologia e infeciologia voltarão a existir no novo hospital;
  • novas especialidades para responder à grave carência existente, tais como medicina nuclear (cujos exames são agora maioritariamente realizados em Lisboa) e cuidados paliativos, cujo internamento de 15 camas vai permitir o otimizar o internamento de oncologia, medicina interna e aliviar o serviço de urgência. 
  • elevado nível de informatização das áreas clínicas e de automatização dos processos de suporte à atividade com distribuição robotizada, permitindo a integração da informação e uma maior eficiência nas tarefas administrativas dos profissionais.
Vai ser construído num terreno na periferia da cidade e a conclusão está prevista para 2023.