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2020-11-03 às 11h33

Com o novo coronavírus «o mundo ganhou a noção de quanto precisa da ciência»

Intervenção do Primeiro-Ministro no Encontro Ciência 2020
«Graças à ciência vamos conseguir seguramente vencer esta crise, porque a ciência vai encontrar um tratamento eficaz ou uma vacina que imunize», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa numa intervenção por vídeo dirigida ao Encontro Ciência 2020, que se realiza em Lisboa.

O Primeiro-Ministro acrescentou que a ciência «vai descobrir as causas deste vírus e prevenir novas pandemias», e é através dela que, nos hospitais, os profissionais de saúde conseguem tratar os doentes.

De facto, «o mundo ganhou, ao longo deste ao, a noção de quanto precisa da ciência», devido ao vírus da Covid-19, que nos obrigou «a mudar radicalmente o nosso modo de vida», o que mostra a «importância de investigar a vencer a barreira do desconhecido».

Arma contra as fake news

António Costa afirmou também que «neste mundo global de redes sociais», a ciência «tem o papel imprescindível de reforçar com a verdade científica os factos que a cidadania tem de conhecer para poder decidir e para não estar sujeita à informação falsa».

«A ciência é a verdadeira arma contra as fake news e a melhor garantia da vitória sobre o populismo e o negacionismo da realidade», em todos os desafios que se colocam à humanidade, disse, destacando as alterações climáticas.

É «através do conhecimento científico que mais cidadãos vão tomando consciência dos desafios que temos pela frente», pelo que ela «é, cada vez mais, um fator de reforço da democracia, da cidadania, da consciência coletiva», referiu também.

Decisões informadas

O Primeiro-Ministro disse igualmente que os decisores políticos devem «estar abertos a ouvir a ciência e saberem que uma decisão bem informada é cientificamente bem fundada». 

Aliás, «em nenhum momento da história foi tão necessário ao decisor político o conhecimento científico e nunca lhe foi tão necessário decidir quase em tempo real, enquanto a ciência vai descobrindo novas realidades sobre o vírus».

Motor do desenvolvimento

António Costa sublinhou que a ciência é também «motor do nosso desenvolvimento, e, por isso, temos reforçado o investimento na qualificação, na formação, na educação, no ensino superior, na ciência» e na transferência do conhecimento para o tecido económico, acrescentando que «é um orgulho nacional que neste ano tenhamos passado para a primeira liga na tabela de inovação da União Europeia, como um país fortemente inovador». 

«A crise não nos pode paralisar nesta trajetória (…) que, ao longo das últimas décadas, tem permitido que o conhecimento seja cada vez mais o motor do nosso desenvolvimento; se hoje 44% do nosso Produto Interno Bruto vem da exportação, deve-se a que incorporam mais conhecimento», disse, referindo também o objetivo de chegar aos 50% em meados da década corrente.

Por isto, «no Plano de Recuperação e Resiliência o conhecimento foi colocado «como motor fundamental da estratégia de desenvolvimento», e «vamos reforçar verbas para programas Impulso Jovem, Impulso Adulto, Interface, e para apoiar a transferência dos centros de conhecimento para a tecido empresarial», bem como «criar até 10 grandes agendas mobilizadoras para valorizar economicamente conhecimento já patenteado para contribuir para alterar o perfil da economia portuguesa.

«Mesmo num ano de tanta incerteza», «batemos todos os recordes de alunos a entrar para o ensino superior», disse, acrescentando que «as famílias sabem que é investindo na educação dos filhos que podemos garantir um futuro de mais e melhor emprego».