«Coesão não se faz só no interior»

No Dia Europeu Sem Carros, a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, inaugurou na Figueira da Foz a primeira fase da Ciclovia do Mondego, que liga a cidade à freguesia de Vila Verde e que, no futuro, assegurará um corredor até Coimbra.

Este é um investimento de mais de 900 mil euros, quase 600 mil suportados por fundos europeus. «Esta primeira fase é simbólica e é sinal da aposta deste concelho numa mobilidade de futuro», disse.

Ana Abrunhosa sublinhou a importância destes projetos, já que coesão também significa investir para que as cidades estejam na linha da frente da descarbonização.

Para a Figueira da Foz, esta não é uma obra desgarrada, já que o município dispõe de uma rede de ciclovias e redes viárias com expressão e tem disponível um serviço de bicicletas partilhadas, as "figas" – a maioria das quais elétricas.

A governante recorda que a mobilidade suave faz parte da planificação das cidades do futuro, seja para atividades de lazer, seja para deslocações para o trabalho. Coesão passa por cidades modernas, adaptadas ao futuro, que recorram cada vez mais aos transportes públicos e a transportes não poluentes. O objetivo é conseguir cidades mais acessíveis, sem trânsito e menos poluídas. No fundo, mais qualidade de vida. 

Os projetos de ciclovia representam uma «uma aposta clara importantíssima, em primeiro lugar para quem vive e trabalha e depois para quem visita», porque estão em causa «vias que cada vez são mais utilizadas para um certo tipo de turismo» que importa dinamizar, disse, acrescentando que os fundos europeus dão um forte incentivo para que projetos que potenciem estas metas sejam desenvolvidos nos territórios.

«Quando tivermos os três municípios ligados teremos 40 quilómetros de caminho de Coimbra ao Atlântico, o que é algo assinalável», acrescentou, referindo também outros projetos como a Rota da Costa Atlântica, que envolve ainda os municípios de Cantanhede e Pombal, e o Eurovelo (rede europeia de ciclovias).