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2021-10-20 às 12h32

Clubes Ciência Viva na Escola quase quadruplicam até 2025

Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, no lançamento da fase II dos Clubes Ciência Viva na Escola, Oeiras, 20 outubro 2021 (Foto: João Bica)
Os Clubes Ciência Viva na Escola (CCVnE) vão quase quadruplicar até 2025, com um aumento previsto de mais 650 clubes. Prevê-se ainda que todos os agrupamentos de escolas passem a ter o seu Clube, juntando-se aos 237 clubes já em funcionamento nos estabelecimentos de ensino.

No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) serão investidos 6,5 milhões de euros para a instalação destes clubes nas escolas e que passarão pela «elaboração do projeto, aquisição de consumíveis e materiais e equipamentos diversos e à criação de parcerias com Universidades, Politécnicos e/ou Centros de Investigação, para assim garantir espaços de ciência de qualidade em todas as escolas do ensino básico e secundário». Em média, cada projeto para a instalação de um clube terá um apoio de 10 mil euros.

Na sessão de lançamento da fase II dos Clubes Ciência Viva na Escola, na Escola Secundária Luis de Freitas Branco, em Oeiras, o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues destacou a importância deste alargamento: «Os CCVnE ajudam a alavancar a virtuosa aliança entre a Educação e a Ciência».

O Ministro Tiago Brandão Rodrigues acrescentou ainda que estes espaços de aprendizagem «são fundamentais para desenvolver o interesse e a apropriação da ciência, melhorando o espírito crítico, a curiosidade e a descoberta», rematando com um sublinhado: «Estes clubes não existem para lá do currículo, são instrumentos para a flexibilização curricular». 

Défice

A Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, afirmou que, com esta medida prevista no PRR, o Governo quer «dar a todos os alunos uma experiência de relação com a ciência, que possa também moldar o seu futuro».

«Temos ainda em Portugal um défice de pessoas que estudam nestas áreas científicas e tecnológicas e sabemos que os alunos só escolhem aquilo que sabem que existe e que já experimentaram», disse a Ministra, acrescentando que os CCVnE tornam o «espaço escolar mais apelativo e mais diversificado».

A propósito da igualdade, Mariana Vieira da Silva chamou a atenção para o facto de as mulheres não estarem ainda muito representadas nas profissões ligadas à ciência e tecnologia: «O futuro do trabalho é um futuro ligado às tecnologias e às áreas das tecnologias da informação». 

«Ora, se lá só existem 25% das mulheres significa que estamos a construir uma desigualdade futura, que contrariará muito do caminho de igualdade que se fez nos salários e na presença de mulheres no mercado de trabalho», disse.

A Ministra acrescentou que «por isso, todo este esforço que estamos a fazer na área das ciências» tem implícita «esta ideia de que em todas as dimensões das ciências pode haver homens e mulheres em situação da igualdade e conforme sejam os seus objetivos».

Concurso para alargamento da Rede já foi aberto

Os Clubes Ciência Viva na Escola funcionam nos estabelecimentos de ensino como espaços abertos de contacto com a ciência e a tecnologia, para a educação e o acesso generalizado dos alunos a práticas científicas, promovendo o ensino experimental das ciências e das técnicas.

O concurso para o alargamento da rede, agora lançado, além dos 6,5 milhões para a criação de novos clubes, um montante de 1,5 milhões de euros para apoiar a dinamização da Rede, como a organização do Fórum Nacional, a promoção de encontros e seminários para partilha de experiências, workshops, visitas de estudo e deslocações às escolas.

A rede de Clubes Ciência Viva na Escola são uma iniciativa lançada pelo Ministério da Educação em 2018, em parceria com a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, com o especial propósito de promover a aliança entre a ciência, a educação e a tecnologia.

Na cerimónia estiveram ainda presentes os Secretários de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, e Adjunto e da Educação, João Costa.