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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2019-11-21 às 18h54

Centro de Defesa para o Atlântico deverá ser «multinacional»

O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou que o Centro para a Defesa do Atlântico, nos Açores, deverá ser «intrinsecamente multinacional» e «não apenas um centro português».

No encerramento do primeiro seminário do Centro para a Defesa do Atlântico (CeDa), no Instituto da Defesa Nacional (IDN), em Lisboa, João Gomes Cravinho referiu que conta com a participação ativa de diversos países «como formandos ou formadores nas atividades do centro». 

Agora é o momento de «desenvolver, a partir desta base, um produto que seja atraente» na perspetiva portuguesa, mas também para «todos os países da orla do Atlântico» acrescentou, numa declaração à agência de notícias Lusa.

Para o Ministro, é muito importante «auscultar as opiniões, as ideias, as perspetivas de pessoas de outros países do Atlântico» e, neste âmbito, o seminário «foi um sucesso».

João Gomes Cravinho referiu ainda que as opiniões transmitidas pelos convidados estrangeiros presentes no evento «enriqueceram bastante» o plano nacional, pelo que «durante os próximos dias será possível agora, de algum modo, reformatar ou melhorar um pouco» a perspetiva inicial portuguesa.

O seminário no IDN marcou o lançamento do CeDa, localizado na Base das Lajes, nos Açores, e cuja instalação deverá estar consolidada dentro de um ano.

Participaram no evento representantes de países europeus «com uma tradição atlântica» como França, Reino Unido ou Espanha; algumas nações africanas como Togo, Marrocos, Angola e Nigéria, esta última uma das grandes potências do Atlântico Sul e ainda representantes do Brasil e dos Estados Unidos. 

O seminário teve como objetivo ouvir as perspetivas de agentes da área da segurança marítima, entre os quais 30 especialistas internacionais de 15 países e várias organizações.

João Gomes Cravinho explicou que o trabalho do centro vai ser organizado «de acordo com a procura» e as necessidades sentidas e que a projeção da área governativa da Defesa para o CeDa pode ser enriquecida com temas como o ambiente ou o aquecimento global.

«Isso leva, naturalmente, a que nós comecemos a pensar em mecanismos, processos de formação, processos de consolidação e cooperação relacionados diretamente com as consequências das alterações climáticas», acrescentou o Ministro.

João Gomes Cravinho disse que na primeira metade do próximo ano terão início as formações do CeDa na ilha Terceira, «dirigidas a países do Atlântico e, sobretudo, a países africanos do Golfo da Guiné e da costa africana do Atlântico».

Desenvolvida desde 2018, a participação de Portugal na promoção e acolhimento do Centro para a Defesa do Atlântico, reafirma o contributo estratégico do país para a consolidação do papel do Oceano Atlântico como espaço de diálogo, liberdade e segurança.