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2021-02-10 às 11h28

Capacidade de rastreio de casos de Covid-19 quase triplicou em dois meses

Ministra da Saúde, Marta Temido, e Secretários de Estado António Sales e Diogo Serras Lopes, na comissão de Saúde, Assembleia da República, 10 fevereiro 2021 (Foto: João Bica)
O mês de janeiro que colocou duramente à prova o Serviço Nacional de Saúde, mas este conseguiu responder e a capacidade de trabalho demonstrada tornou todo o sistema mais forte, disse a Ministra da Saúde, Marta Temido, na audição da comissão de Saúde da Assembleia da República. 

A Ministra apontou como metas para 2020 a «aceleração da vacinação e a expansão da testagem» de Covid-19, a «recuperação das necessidades assistenciais não Covid» e a aprovação do estatuto do SNS, a concretizar ainda no primeiro semestre.

Marta Temido disse que a capacidade de rastreio dos casos de Covid-19 quase triplicou entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, referindo que «em 13 de dezembro, o número de profissionais, equivalentes a tempo integral, a realizar inquéritos epidemiológicos era de 427 e em 4 de fevereiro ultrapassava os 1100» com «funcionários da administração central e local, estudantes e de elementos das forças de segurança e armadas» a fazerem estes inquéritos.

Os inquéritos epidemiológicos foram simplificados e a «adoção de modelos colaborativos» permite que «na maioria do País» o contacto com as pessoas seja feito nas primeiras 24 horas.

Outras melhorias

A Ministra lembrou também a «melhoria e expansão da linha SNS24», o reforço da capacidade laboratorial através de um programa orçamentado em 8,4 milhões de euros, «que permitiu passar de uma autonomia de 6000 testes PCR por dia, para cerca de 22 000, só na rede SNS».

Marta Temido referiu igualmente o programa centralizado de financiamento de cuidados intensivos, destacando a compra de mais de 1100 ventiladores desde o início da pandemia e afirmou também ter autorizado, no dia 9 de fevereiro, uma «despesa de mais de nove milhões de euros para ampliação» de serviços de medicina intensiva nos hospitais do SNS.

No final de 2020, o Serviço Nacional de Saúde contava com mais 9123 trabalhadores, entre os quais 614 médicos especialistas, 3263 enfermeiros e 3207 assistentes, o que se traduziu num aumento da despesa que estava prevista.

O regime excecional de contratação para a resposta à Covid-19, permitiu «a celebração de 8452 contratos que ainda se encontram ativos, dos quais mais de 1300 já foram convertidos em contratos sem termo», outros 800 estão em concurso e mais 1251 são «suscetíveis de conversão até ao final do primeiro trimestre».