O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou que as Forças Armadas Portuguesas têm um envolvimento, no combate à pandemia da Covid-19, «muito superior» à maior parte dos parceiros da União Europeia e da NATO.
«Temos vindo a acompanhar o que se tem vindo a passar nos países aliados da NATO e na União Europeia e o que verificamos é que as nossas Forças Armadas têm um envolvimento muito superior àquilo que é a realidade na maior parte dos países amigos e parceiros», disse João Gomes Cravinho.
O Ministro falava à comunicação social após uma visita ao Centro de Coordenação de Resposta Militar para a Covid-19, na Base Naval de Lisboa, em Almada, onde destacou que a «capacidade de adaptação é uma marca de qualidade das Forças Armadas».
«Em relação ao que se passou até agora o que posso notar, com grande satisfação, é a capacidade das Forças Armadas para se adaptarem muito rapidamente, de forma sistemática e planeada a uma situação inteiramente inopinada, que ninguém estava a esperar», disse ainda.
João Gomes Cravinho relembrou que os militares portugueses têm dado apoio à sociedade em várias vertentes, como distribuição de alimentos, criação de centros de acolhimento temporários ou na desinfeção de escolas e lares, o que tem sido feito «de uma forma extremamente eficaz».
A Marinha no combate à Covid-19
Relativamente à Marinha Portuguesa, o Ministro destacou a criação do protótipo de um ventilador de baixo custo que «não tinha sido pensado» anteriormente à pandemia, mas que, tendo em conta as necessidades do País, começou a ser desenvolvido «de imediato».
Sobre o centro temporário de acolhimento instalado na base naval, com 350 camas, João Gomes Cravinho referiu que o mesmo não tem sido necessário:
«As camas estão prontas e nunca se sabe quando pode haver uma necessidade e a prontidão é imediata para receber doentes. Mas já acolheram profissionais de saúde do Hospital Garcia de Orta, que podem dormir aqui e dessa forma protegem os seus próprios familiares, na medida em que estão mais expostos à doença e não querem levar esse risco para as suas casas», explicou.
«As missões de sempre continuam»
O Ministro visitou também o centro de Operações Marítimas da Base Naval de Lisboa, onde comunicou em direto com os navios portugueses que se encontram em missão nos Açores, na Madeira e em São Tomé e Príncipe, em África.
«É muito importante recordar que enquanto isto tudo está a acontecer, as missões de sempre continuam. A defesa das nossas águas, a vigilância, as missões de busca e salvamento têm continuado e a esse respeito também a Marinha e a Força Aérea têm sido exímios, têm respondido de uma forma absolutamente perfeita», frisou.