O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, conferiu posse ao Brigadeiro-General José Manuel Duarte da Costa como Presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), numa cerimónia presidida pelo Primeiro Ministro, que teve lugar no Ministério da Administração Interna, em Lisboa.
Durante a sua
intervenção, o Ministro sublinhou necessidade «de numa cultura de prevenção que substitua uma cultura de mera reação no momento de catástrofe» e salientou a confiança no novo Presidente da ANEPC para prosseguir o caminho feito ao longo dos últimos três anos.
«É, neste momento, numa dimensão de passagem de testemunho para aprofundamento do caminho que vem sendo traçado, a personalidade certa, pela sua experiência, pelas suas qualidades pessoais e profissionais, para um novo tempo, um tempo em que a Proteção Civil será cada vez mais o garante da segurança, da coesão e da paz, apta a responder a desafios múltiplos», disse Eduardo Cabrita, que deixou também um agradecimento ao Tenente-General Mourato Nunes, que cessou funções.
«Permitam-me que, neste momento, faça um reconhecimento que é justamente merecido, pelo papel desempenhado pelo Senhor General Mourato Nunes que, em tempos particularmente difíceis, em que a imagem do sistema de Proteção Civil estava gravemente afetada, em que a confiança dos portugueses no sistema era algo que era matéria de debate público, de atenção de todas as áreas na sociedade portuguesa, correspondeu, mais uma vez, àquilo que foi o desafio do País. E somos todos devedores desse reconhecimento que justamente marca aquela que é a diferença entre o dia em que, em novembro de 2017, aqui estivemos, e a serenidade com que hoje marcamos a evolução para um novo tempo».
O Ministro apontou as tarefas do sistema de proteção civil nos próximos anos, tendo destacado a importância de «concretização de uma estrutura de proteção civil e de planeamento civil de emergência integrados e de resposta múltipla» e o reforço «de numa cultura de prevenção que substitua uma cultura de mera reação no momento de catástrofe», bem como no «reforço da estrutura da força especial de proteção civil visando alargar a sua capacidade de intervenção».
Eduardo Cabrita referiu ainda o «desenvolvimento da gestão integrada de fogos rurais em articulação com as entidades, da meteorologia à Força Aérea, sem esquecer a Agência de Gestão Integrada de Fogos Rurais e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas».
«Criar estabilidade para os que há mais de uma década servem o sistema de proteção civil» e «o gradual preenchimento de objetivos institucionais, com dirigentes escolhidos por concurso e quadros que desenvolvem a sua ação num regime de carreira», foi ainda referido.
A proteção civil coordenou ainda a «criação de uma estrutura de apoios de retaguarda de que já estão a funcionar três unidades no distrito do Porto», um dos mais afetados pela pandemia, e está a trabalhar «no planeamento da distribuição de vacinas» contra a Covid-19 quando existirem, referiu igualmente.