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2020-02-28 às 14h52

Articulação operacional entre Forças Armadas e de Segurança permite enfrentar melhor ameaças à segurança interna

Primeiro-Ministro António Costa, Ministros Gomes Cravinho e Eduardo Cabrita, Chefe do EMGFA, Silva Ribeiro, e Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, Lisboa, 28 fevereiro 2020 (foto: João Relvas/Lusa)
O Primeiro-Ministro António Costa presidiu à assinatura do protocolo de articulação operacional entre as Forças Armadas e as Forças e Serviços de Segurança. Na cerimónia que se realizou em Lisboa, estiveram também presentes os Ministros da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e da Administração Interna, Eduardo Cabrita. O protocolo foi assinado pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Silva Ribeiro, e pela Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda.

O Primeiro-Ministro referiu que a articulação entre forças armadas e de seguranças está «há muito prevista na Lei de Segurança Interna», acrescentando que a assinatura deste protocolo é «um passo muito importante na articulação entre os valores da Defesa Nacional e os valores da Segurança Interna». 

«Com este protocolo nenhuma das instituições perde as suas características próprias. Pelo contrário, aquilo que fazemos é valorizar todos», uma vez que «muitas das missões que nos estão confiadas só são bem desempenhadas se as pudermos desempenhar em conjunto», disse.

Contributo para o desenvolvimento económico do País

António Costa referiu também que «o valor da segurança interna é um bem público da maior relevância para a garantia dos direitos, liberdades e garantias de cada um dos cidadãos» e que cria «condições de desenvolvimento económico do País».

«Quando o INE nos disse que, no ano passado, voltámos a bater um recorde importante da nossa trajetória de crescimento económico, não podemos ignorar que, para além do esforço de investimento na capacidade das empresas e dos trabalhadores», «há um contexto institucional essencial ao nosso desenvolvimento que tem a ver com o facto de sermos um dos países mais seguros do mundo», acrescentou.

O Primeiro-Ministro afirmou que esta segurança resulta também «do notável trabalho que milhares de mulheres e homens das nossas forças de segurança prestam no dia-a-dia junto das comunidades na sua missão de policiamento de proximidade», «do trabalho imprescindível que os serviços de informações desenvolvem na recolha e no tratamento da informação e na sinalização das ameaças que temos pela frente», e também do trabalho que é feito «pela PJ, por outras forças e serviços de segurança, e pela PJM, no âmbito da investigação criminal para a repressão da criminalidade».

Otimizar os meios para combater ameaças

Relativamente às Forças Armadas portuguesas, António Costa referiu o papel das missões externas para «a prevenção do terrorismo», «porque é nessa longa distância que começa a defesa da nossa segurança».

As ameaças transnacionais, «que têm uma natureza mista, e que simultaneamente põe em causa os valores da segurança interna e os valores da Defesa Nacional» requer «a otimização nos meios que empenhamos no combate».

O Primeiro-Ministro disse também que a assinatura deste protocolo «é o primeiro passo que institucionaliza - nos termos da Constituição e da Lei - que o País pode contar com todos os meios de que dispõe para poder assegurar as missões e sobretudo a sua segurança». 

«Este trabalho de cooperação é essencial», reiterou, assinalando que o País tem «contado, todos os anos, com a notável colaboração das Forças Armadas em matéria das operações de apoio à proteção civil, seja nas ações de vigilância da floresta, seja na resposta a grandes calamidades, seja na atuação preventiva que têm tido em território nacional».

A assinatura deste protocolo «vem assegurar ainda melhores condições para que aquilo que já foram boas experiências no passado» passe a ser regra «da atuação no futuro», enfrentando com maior eficácia «todos aqueles que queiram pôr em causa a nossa segurança interna».

«Saibam bem que nós implicaremos todos os meios que temos à nossa disposição para proteger a segurança dos portugueses e a segurança do País, porque é essa uma condição essencial da nossa própria soberania e da nossa própria defesa nacional», concluiu.