O Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, salientou que o concurso para a aquisição de 117 automotoras da CP, avaliado em 819 milhões de euros, deve ter «repercussão na indústria e no povo português».
No Parque Oficinal de Guifões, em Matosinhos, na cerimónia de lançamento do concurso, o Ministro realçou o objetivo de fazer com que «grande parte da produção seja feita em Portugal».
«Queremos produção e fabrico em Portugal. Quem quiser cumprir as regras do caderno de encargos, será bem-vindo. E quem quiser produzir aqui, terá condições para criar não só para Portugal como para outras zonas do mundo», disse.
Pedro Nuno Santos afirmou que Portugal garante «todas as condições para que este espaço [Parque Oficinal de Guifões] possa ser um cluster de produção, desenvolvimento, investigação, inovação e formação na área ferroviária com um conjunto de trabalhadores qualificados, experientes, com grande capacidade de trabalho e de trabalho de qualidade, e com mão-de-obra competitiva e empresas competitivas».
«Não é um peso para os construtores virem para cá, é uma oportunidade», acrescentou.
Pedro Nuno Santos disse ainda que «este concurso é um impulsionador para que Portugal venha a fazer parte do clube dos fabricantes de comboios na Europa». «Não temos de ter um comboio exclusivamente português, queremos é que as nossas indústrias se incorporem na cadeia de produção do setor ferroviário», referiu.