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2021-07-30 às 12h55

Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato «tem um enorme potencial transformador»

Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato
Primeiro-Ministro António Costa cumprimenta presidente da Câmara do Crato, Joaquim Diogo, na apresentação do Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Pisão, Crato, 30 julho 2021 (foto: Nuno Veiga/Lusa)

O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que o Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato «tem um enorme potencial transformador» da região e responde «ao grande desafio de enfrentar as alterações climáticas».

António Costa falava no Crato, durante a cerimónia de apresentação do mesmo projeto - previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) - e onde esteve também presente a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

O Primeiro-Ministro destacou o facto de este ter sido «o primeiro acordo assinado entre a unidade de missão Recuperar Portugal e uma comunidade intermunicipal», tratando-se ainda de um investimento «que demonstra bem o que é o PRR pretende ser: um projeto efetivamente transformador, que não se limite a fazer mais do mesmo mas, pelo contrário, permita transformar regiões, setores de economia e o potencial de crescimento do nosso País».

António Costa disse também que este projeto terá «um grande impacto transformador na economia da região, na capacidade de produção de conhecimento da região, de desenvolver novas atividades que gerem emprego, rendimento que permita atrair e fixar as populações deste território».

Investimento de 120 milhões de euros

O contrato de financiamento para o Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, prevê um investimento de 120 milhões de euros no âmbito do PRR. Será executado pela Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), que junta os 15 municípios da Região.

Em comunicado, o Governo refere que «este é um dos maiores investimentos alguma vez realizados no Alto Alentejo e um projeto estruturante para o desenvolvimento e coesão do território. A nova estrutura vai beneficiar 110 mil pessoas dos concelhos de Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavião, Marvão, Monforte, Nisa, Ponte de Sor, Portalegre e Sousel».

Reserva estratégica de água e central fotovoltaica

O Empreendimento contempla não só a barragem do Pisão – que vai garantir uma reserva estratégica de água para abastecimento público e permitir o estabelecimento de novas áreas de regadio - mas também uma central fotovoltaica flutuante de 150 megawatts, que servirá igualmente de reserva estratégica de produção de energia.

O projeto vai ainda possibilitar um aproveitamento turístico e recreativo da nova albufeira que, em pleno armazenamento, terá cerca de 7 quilómetros quadrados de água.

Segundo a calendarização prevista, os projetos e estudos detalhados devem estar concluídos até ao final deste ano, seguindo-se e 2022 a emissão da Declaração de Impacte Ambiental, a instalação do estaleiro e os trabalhos preparatórios. A conclusão das obras está prevista para 2025.