O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que a transição para o futuro, climática e digital, «não pode deixar ninguém para trás», pelo que é cada vez mais necessário «investir na formação, na requalificação e na qualificação do ensino superior» dos recursos humanos que trabalham atualmente em atividades que, no futuro, irão desaparecer.
António Costa falava na sessão de assinatura do Contrato da Modernização dos Centros de Formação Profissional e do Acelerador Qualifica, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, onde estiveram também presentes o Ministro do Planeamento, Nelson de Souza, o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
«Não podemos manter centrais a carvão» mas quem trabalha nelas «tem de ter a oportunidade de se requalificar e prosseguir a sua vida profissional nas novas atividades que têm de ser geradas e que estão a ser geradas para poder responder à transição energética», explicou o Primeiro-Ministro.
Investimento em qualificações atinge os 5 mil milhões de euros
António Costa disse também que, apesar do País ter conseguido resistir «à brutal crise económica» provocada pela Covid-19, «continuamos ainda com um nível de desemprego muito elevado». Para responder a isto é fundamental, segundo o Primeiro-Ministro, «formar quem está inscrito nos nosso centros de emprego» para lhes aumentar as oportunidades.
Assim, do total de 5 mil milhões de euros de investimento em qualificações, no âmbito do PRR, uma grande parte destina-se «à modernização do ensino profissional nas escolas»; outra parte «à aceleração e à criação de melhores condições para o acesso ao ensino superior nas áreas das engenharias, das tecnologias, das ciências, das artes e das matemáticas»; e, finalmente, à «formação profissional», seja para reconversão em setores que estão em descontinuidade, seja na qualificação para áreas de modernização tecnológica.
O Primeiro-Ministro, afirmou ainda, em conclusão, que queremos «sair desta crise mais qualificados do que aquilo que erámos» e «isso implica a mobilização de toda a sociedade mas implica também a mobilização dos recursos do PRR para que estes esforço seja um esforço bem sucedido».