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2021-10-09 às 17h17

«A maneira de garantir que a eletricidade é mais barata é investindo em fontes renováveis»

Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, na inauguração da central fotovoltaica Riccardo Totta, Alcoutim, 9 outubro 2021 (Foto: João Bica)
O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes afirmou que a produção de energia elétrica através de fontes renováveis vai contribuir, no futuro, para a fixação de preços mais baratos da eletricidade.

Na inauguração da central fotovoltaica Riccardo Totta, em Alcoutim, João Pedro Matos Fernandes referiu que a implementação de projetos de produção de energia limpa garante não só a redução de emissões de gases carbónicos como também uma maior estabilidade de preços comparativamente aos combustíveis fósseis.

O Ministro afirmou também que o elevado preço de produção de eletricidade em Portugal está relacionado com o aumento do preço do gás - que está «caríssimo» - e constitui a outra fonte de produção de eletricidade no País.

«A maneira de garantir que a eletricidade é mais barata na produção é investindo em fontes renováveis, e o solar mais ainda do que todas as outras, de forma indesmentível», disse, acrescentando que esta aposta permite também reduzir a dependência dos mercados externos, contribuindo para «garantir uma muito maior estabilidade de preço num futuro próximo».

Sobre o impacto da redução do custo da produção de eletricidade, por via das energias renováveis, João Pedro Matos Fernandes afirmou que esse impacto «já se está a sentir» e «de forma muito positiva»:

«Quando o preço da eletricidade no mercado grossista aumentou cinco vezes, o preço da eletricidade em Portugal para o consumidor, este ano, aumentou 1,6% e acreditamos firmemente que durante o próximo ano não vai ter qualquer aumento», referiu.

Meta de produção de energia a partir de fonte solar pode ser antecipada

O Ministro disse também que, atualmente, Portugal já ultrapassou os 2 gigawatts de energia elétrica produzidos a partir de fonte solar e a meta para 2030 é entre os 8 e os 9 gigawatts mas, com os projetos já licenciados, «e com o que está já a acontecer no terreno» essa meta possa ser antecipada para 2025.

«Tudo aquilo que no passado foi um custo, objetivamente foi um custo, hoje é um ganho. Mesmo na existência de tarifas fixas, que neste caso são tarifas de mercado, hoje representa já uma estabilidade no preço e uma estabilidade que se reflete positivamente na fatura daquilo que os portugueses vão pagar no próximo ano», concluiu.

Central fotovoltaica Riccardo Totta

A central fotovoltaica Riccardo Totta tem uma potência de 219 megawatts e é, atualmente, a maior não subsidiada a operar em Portugal e uma das maiores da Europa.

O projeto conta com 661.500 painéis instalados, que ocupam uma área descontínua de 320 hectares, tendo, no total, 40 postos de transformação que fazem a ligação entre a subestação da central e a subestação da Rede Elétrica Nacional (REN) em Tavira.

Promovida pela WElink Energy/Solara4 em parceria com a China Triumph International Engineering Company (CTIEC) é, segundo os promotores do projeto, cerca de cinco vezes superior à Central da Amareleja, que, em 2008, era a maior central solar do mundo.

Estima-se que a central permita poupar 326 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2), o equivalente à energia utilizada por 200 mil casas num ano.