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2022-03-23 às 17h57

50 anos do 25 de Abril são momento de rejuvenescimento e de aperfeiçoamento da democracia

Abertura das Comemorações oficiais dos 50 anos do 25 de Abril
Primeiro-Ministro António Costa discursa na sessão solene de abertura das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, Lisboa, 23 março 2022 (foto: Tiago Petinga/Lusa)
«Hoje é uma data-marco, cheia de simbolismo. Hoje completam-se 17 500 dias sobre o dia 25 de Abril de 1974. Hoje é o dia em que Portugal vive há mais dias em liberdade do que aqueles que viveu em ditadura. E é precisamente por isso, que hoje aqui estamos a inaugurar as Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa na sessão solene de abertura das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, em Lisboa.

O Primeiro-Ministro começara por referir que, antes do 25 de Abril, «foram 17 499 dias de privação da liberdade, em que vivemos a mais longa ditadura da Europa durante o século XX. 17 499 dias em que a ditadura parecia eterna e a liberdade um mero sonho, um sonho sempre adiado, mas nunca abandonado».

António Costa afirmou também que «hoje e sob o signo da liberdade que tudo renova, manifestamos a nossa vontade de fazer destas Comemorações um grande momento de afirmação, de rejuvenescimento e de aperfeiçoamento da democracia portuguesa». 

Renovar a democracia

O Primeiro-Ministro disse que «sem perder a memória da resistência que queremos honrar, da libertação que vamos festejar, do muito que construímos e devemos celebrar, estas Comemorações terão de ser sobretudo uma passagem de testemunho para as novas gerações que continuarão e renovarão a nossa democracia na aspiração a um futuro que realize o que ainda falta realizar».

«A liberdade e a democracia são sempre obras inacabadas e nunca estão imunes a ameaças», afirmou, na sessão que contou também com as intervenções do Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. 

António Costa disse também que «a liberdade, com todas as suas responsabilidades e consequências, é o grande fundamento da dignidade humana. É a liberdade que nos garante o pensamento criador, a crítica independente, a diversidade plural, a convivência tolerante». 

«É com a liberdade que a democracia se renova, que a política se corrige, que a economia se desenvolve, que a sociedade se abre, que a cultura se cria, que a ciência progride e que a paz se constrói», afirmou.