«Antes de mais, quero agradecer o gentil convite que me fizeram e exprimir a minha satisfação por poder estar aqui, convosco, pessoalmente. De podermos estar face a face e já não apenas num quadradinho num ecrã. Ao vivo e a cores, numa interação de que já todos tínhamos saudades. As soluções digitais, muito necessárias e úteis, aliás bem mais úteis do que pensávamos há apenas 2 anos como forma de podermos continuar a trabalhar em segurança, não substituem – nunca o vão fazer – o contacto humano. Como nos livros, acredito sinceramente que a presença, o toque, a interação física são parte da nossa essência e não são substituíveis.
Essência essa sobre a qual me atrevo hoje a deixar-vos umas breves palavras. De humanidade, mas mais especificamente de humanização.
Da humanização do Serviço Nacional de Saúde, com passos iniciais dados, com recuos muito sentidos neste período pandémico, e que queremos que seja muito mais do que o feito até agora. No fundo, se as ações corresponderem a 10% - não, a 1%, das palavras – conseguir-se-á muitíssimo.
Humanizar o SNS é tomar consciência que são as pessoas, os doentes, os seus familiares, que encerram a centralidade da atividade da saúde.»
Leia a intervenção na íntegra