Quero, antes de mais, cumprimentar todos os presentes e agradecer à APIFARMA pelo convite que tão gentilmente foi endereçado ao Ministério da Saúde para esta Conferência "Inovação em Saúde: Não deixar ninguém para trás". Não deixar ninguém para trás significa que todas os cidadãos europeus têm acesso aos tratamentos e medicamentos que necessitam.
Ou seja: - Por um lado, que todas as necessidades têm uma resposta médica – e isso apenas se consegue promovendo a inovação e o desenvolvimento em saúde. - Por outro lado, que os cidadãos têm capacidade para pagar essa resposta. E isto consegue-se através do equilíbrio certo entre inovação e acessibilidade. Nesta linha, a Presidência Portuguesa pretende prosseguir uma agenda europeia assente no acesso sustentável e universal aos medicamentos. Em linha com a estratégia farmacêutica, a Europa deverá garantir o abastecimento de medicamentos essenciais, evitando a sua escassez.
Uma ação para a qual Portugal pode contribuir, estimulando a sua própria capacidade produtiva e reforçando a sua cadeia de abastecimento. Este esforço de melhorar o acesso à saúde deverá ser conjunto. Se há algo que esta pandemia nos ensinou é que apenas conseguiremos superar os nossos maiores desafios, se o fizermos juntos.
Uma das maiores concretizações disso mesmo, creio, é o enorme esforço que foi realizado, a uma escala nunca dantes vista, para combater a pandemia de Covid-19.
Pela primeira vez, os líderes de vários países e os principais players da saúde assumiram o compromisso de trabalhar em conjunto para acelerar o desenvolvimento e a produção de vacinas, testes e tratamentos para Covid-19 e garantir o acesso em todo o mundo.