Começo por recordar uma data: 18 de março. Foi nesse dia declarado, pela primeira vez, o Estado de Emergência em todo o território nacional.
Desde essa data, o transporte público coletivo de passageiros foi considerado essencial. Podia ser de outro modo? Não. Dito isto, foram tomadas as medidas necessárias para assegurar uma oferta de transportes ajustada à procura, assegurando a segurança? Sim.
Desde o início da pandemia, houve sempre a preocupação de garantir medidas de salvaguarda da saúde pública ao nível das empresas de transportes públicos e recorremos às melhores práticas conhecidas.
As empresas criaram e aplicaram planos de contingência adequados. Asseguraram o reforço da limpeza, da higienização, da desinfeção da frota e das instalações e, não menos importante, a limitação da lotação dos veículos.
A procura nos transportes reduziu-se entre 85 a 90% no início do Estado de Emergência. Todavia, as empresas tuteladas, nomeadamente pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática, mantiveram ofertas superiores à procura. Garantiram também a manutenção dos horários de início e fim das operações. O primeiro barco ou a primeira composição de metro partiram à mesma hora de sempre, e à noite, já de madrugada, com os últimos, o mesmo aconteceu. Com isto foi possível assegurar que todos os trabalhadores que já utilizavam o transporte público, nomeadamente os profissionais de saúde, de segurança pública e outros, pudessem, independentemente de circularem em veículos vazios, ou quase vazios, ter uma resposta no início e fim dos seus turnos.
Leia a intervenção na íntegra em anexo.