«Um ato ignóbil é ignóbil qualquer que seja o seu motivo. O que aconteceu na Torrebela foi ignóbil e nada nem ninguém o conseguiu justificar. A repugnância, a repugnância que sentimos quando ouvimos as notícias de 21 e 22 de dezembro, não tem justificação.
Recordemos o que se passou.
Facto: Circulam notícias do abate de 540 animais entre 17 e 18 de dezembro de 2020, por 16 caçadores. As imagens nas redes sociais demonstram que não foi praticado um ato de caça mas um massacre de animais, sobretudo cervídeos.
Facto: A 22 de dezembro, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, acompanhado pela GNR/SEPNA, desloca uma equipa ao terreno, para uma vistoria. Ainda nesse dia, o Instituto determina, a título preventivo, a suspensão imediata da atividade cinegética na zona de caça turística da Torrebela, até à conclusão do inquérito.
Facto: A 23 de dezembro emiti um despacho suspendendo o procedimento de avaliação de impacto ambiental das centrais solares previstas para a propriedade onde ocorreu a matança. Determinava esse despacho que a Agência Portuguesa do Ambiente aferisse da necessidade de reformulação ou aditamento do estudo de impacto ambiental.»
Leia a intervenção na íntegra