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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Intervenções

2020-03-09 às 18h33

Intervenção do Ministro da Administração Interna na cerimónia comemorativa do Dia Internacional da Mulher na PSP

«Uma saudação a todas aquelas que nos permitiram chegar aqui e afirmar este caminho, um caminho que corresponde à concretização, difícil e por desbravar, da Igualdade. E as forças de segurança são parte deste desafio global. A homenagem que foi feita hoje às pioneiras de 1971/72, a referência às primeiras oficiais que, em 1985, integraram o Curso de Oficiais de Polícia, deve fazer-nos sentir um profundo respeito por quem travou este combate em tempos mais difíceis. Aquelas mulheres que integraram a Polícia de Segurança Pública naquele tempo tinham limitações de carreira que os homens não tinham. Não tinham direito de voto. E não podiam sair do país sem autorização dos seus maridos. Era esse o quadro que marcava o Portugal de então. Temos, aliás, hoje aqui na
primeira fila, duas convidadas que muito nos honram com a sua presença e que são exemplos: a Senhora Secretária Geral do Sistema de Segurança Interna - se tivesse concluído o curso de Direito naquela altura, e não poucos anos depois, como sucedeu, não poderia ter sido Magistrada Judicial do Ministério Público, porque a lei não o permitia. Mas é hoje a primeira mulher que desempenha estas funções. E a Senhora Embaixadora - não teria sido Embaixadora certamente, porque era vedado às mulheres o acesso à carreira diplomática. Hoje é a primeira mulher Chefe do Protocolo de Estado.

Exemplos similares a estes afirmam um caminho que, nos diversos campos da sociedade portuguesa, se tem vindo a percorrer. É por isso que é tão importante que, 35 anos depois do primeiro acesso de mulheres à carreira de Oficial da Polícia de Segurança Pública, esta semana, pela primeira vez, a Polícia possa dizer que vai ter duas Oficiais a comandar dois dos maiores Comandos do País: Porto e Aveiro. Tal nunca tinha sucedido. E deixo aqui, também, mais uma homenagem devida à Superintendente Madalena, que desbravou no Atlântico este caminho difícil, nos tempos em que comandou o Comando Regional da Madeira».

Leia a intervenção na íntegra