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No entanto, é impossível ignorar um conjunto de evidências que constituem os grandes desafios do séc. XXI, e que a pandemia veio realçar: alterações demográficas com a inversão das pirâmides etárias, reveladoras do envelhecimento populacional, mudanças climáticas, globalização, incertezas geopolíticas, aumento da longevidade, baixas taxas de natalidade e fertilidade, mudanças nos papéis sociais de mulheres e homens, alterações no padrão de formação de família, mobilidade geográfica sem precedentes.
Outro aspeto que não pode ser ignorado é a fragilidade económica e social da população idosa, nomeadamente o risco de pobreza, nas diferentes vertentes, como sejam os baixos rendimentos, as condições habitacionais, o acesso à saúde e medicação, entre outras.
Às sociedades coloca-se um desafio sem precedentes, em que a economia tem de ser pensada para responder ao aumento da esperança média de vida traduzida em aumento de longevidade, garantindo, simultaneamente, a sustentabilidade do sistema de saúde e do sistema de segurança social sem, contudo, comprometer, por um lado a qualidade de vida dos mais velhos e, por outro, as legítimas aspirações dos mais novos.
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