Intervenções
«2020 foi um ano que não deveria ter acontecido.
Não deveria ter acontecido no que nos trouxe de sofrimento coletivo, de perda de vidas, de privação de contactos físicos, de perda de rendimento das famílias, de quebra da atividade das empresas, de desagregação do nosso tecido produtivo, de destruturação das nossas organizações, de redução da capacidade de resposta dos nossos serviços, de desmobilização da confiança que os cidadãos vinham adquirindo na nossa capacidade de, em conjunto, construirmos um país mais justo, mais coeso, mais solidário.
A justiça não passou, nem poderia passar incólume ao
verdadeiro rubicão que se interpôs entre nós e o futuro que quereríamos ter
tido, substituído por uma enorme constrição nos planos social, e económico e por uma redução da capacidade
de ação e realização dos serviços, de que se ressentiu o orçamento aprovado
para 2020.
O orçamento
de Estado para 2021, não podendo desligar-se desse passado, alberga a confiança
de que conseguiremos ultrapassá-lo e de
que em 2021 teremos condições para
inverter a situação no plano da saúde pública, com a inerente retoma da
economia, a melhoria do emprego e das condições de vida das famílias, a
normalização da atividade da administração e o regresso gradual ao lugar em que
nos encontrávamos em março de 2020.»
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