Este Encontro Nacional entre a Universidade e a Cultura expressa uma simbiose antiga e evidente entre a comunidade académica e a cultura. As universidades medievais, berço e ponto de partida do ensino superior como hoje o concebemos, foram fundamentais no movimento geral de cultura e no alargamento de horizontes que transformou a Idade Média e abriu as portas para o Renascimento.
A Universidade, como lugar do saber, possibilitou a criação de centros de conhecimento à margem das ordens monásticas, promoveu uma divulgação mais vasta dos textos históricos, literários e jurídicos clássicos, bem como a criação de bibliotecas reais, de que as bibliotecas nacionais são descendentes. As Universidades vieram dar resposta à necessidade de reelaboração do pensamento e da cultura e, assim, pela ânsia de saber e descoberta, transformaram e modelaram a Europa. Em Portugal, como em muitos outros lugares, a Universidade, criada como Estudos Gerais em 1290 por ação do rei D. Dinis, foi condição indispensável para o desenvolvimento de uma cultura mais acessível e participada.
Em homenagem a esta longa tradição de cruzamento e enriquecimento mútuo, é fundamental promover uma maior aproximação da Universidade à cultura e às artes através da implantação de planos de ação cultural alicerçados em estratégias de programação cultural.
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