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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Comunicados

2021-02-02 às 11h44

Pandemia provoca queda acentuada do PIB em Portugal e na Europa

Em 2020, a pandemia provocou uma contração acentuada do Produto Interno Bruto (PIB) de 7,6% em termos homólogos, de acordo com a estimativa rápida hoje publicada pelo Instituto Nacional de Estatística.

A contração do PIB na zona euro foi igualmente muito acentuada, de 6,8%, tendo atingindo particularmente os países onde o setor do turismo tem mais peso, tais como Espanha (11%), Itália (8,8%) e França (8,3%)

Em Portugal, apesar da queda acentuada do PIB, a evolução reflete uma melhoria face à previsão apresentada pelo Governo no Orçamento do Estado para 2021 (8,5%). A atividade económica teve um comportamento melhor do que o anteriormente antecipado no segundo semestre do ano, com um crescimento de 5,1% face ao primeiro semestre.

Já em termos homólogos, o PIB contraiu 5,7% no 3º trimestre e 5,9% no 4º trimestre.

Esta previsão está em linha com a dinâmica da atividade económica nos últimos meses de 2020. As compras e os levantamentos por Multibanco, por exemplo, aumentaram 20,3% no 2º semestre face ao 1º. 
Por sua vez, também o consumo de eletricidade teve um comportamento favorável, com um aumento de 1,2% no mês de dezembro.

O desempenho da atividade económica mais favorável do que esperado está também refletido no mercado de trabalho. A taxa de desemprego no ano de 2020 deverá ficar substancialmente abaixo da prevista em outubro (8,7%). Em dezembro, o número total de desempregadosfoi 2,4% inferior ao verificado no pico em maio (menos 9 354 desempregados).

O dinamismo da atividade económica, na segunda metade do ano, teve igualmente efeitos positivos na receita fiscal. A receita fiscal em 2020 deverá ficar substancialmente acima do previsto quer no Orçamento Suplementar de junho quer no Orçamento do Estado para 2021. Neste âmbito, destaca-se a evolução do IRS que, apesar da pandemia, deverá apresentar um crescimento homólogo em 2020.

O novo confinamento generalizado, decretado no início do 2021, terá efeitos negativos na atividade económica nos primeiros meses do ano, que implicarão uma evolução anual menos favorável do que anteriormente antecipado.

Para combater os impactos socioeconómicos deste agravamento da situação pandémica, o Governo colocou em campo diversas medidas de apoio aos trabalhadores e às empresas.

Entre estes apoios destacam-se o layoff simplificado para empresas com atividade encerrada, com o pagamento de 100% do salário do trabalhador, o apoio à retoma progressiva, o apoio simplificado a microempresas, o programa Apoiar, o apoio a rendas não habitacionais, o apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores e a prorrogação do subsídio de desemprego.
Áreas:
Finanças