Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior lamenta morte de José-Augusto França

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, lamenta profundamente o desaparecimento de José-Augusto França que faleceu este sábado, 18 de setembro, aos 98 anos.

José-Augusto França foi um homem notável que permanecerá enquanto uma referência na História e na Cultura nacionais, tendo-se destacado enquanto historiador, sociólogo e crítico de arte, mas sendo reconhecido pela vastidão de interesses que concretizava nas obras publicadas.

Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Doutorado em História pela Universidade de Paris IV (Panthón-Sorbonne) com a tese «Une Ville des Lumères: la Lisbonne de Pombal» e Doutorado em Letras com a tese «Le Romantisme au Portugal».

Foi Professor Catedrático na Universidade Nova de Lisboa, na qual se jubilou aos 70 anos e dirigiu o curso de História de Arte.

Autor de estudos pioneiros e essenciais acerca da reconstrução da Baixa Pombalina após o terramoto de 1755, José-Augusto França deixa também obra nas áreas do cinema, artes plásticas, arquitetura e poesia, como por exemplo estudos sobre Amadeo de Souza-Cardoso, Almada Negreiros e Rafael Bordalo Pinheiro.

Foi Presidente da Academia de Belas Artes, Presidente de honra da Associação Internacional dos Críticos de Arte, Diretor do Centro Cultural Português em Paris, fundou a Galeria de Março, editou e dirigiu revistas de Artes e ficou reconhecido pelo seu rigor metodológico e investigativo que imprimia em cada obra.

Nasceu em Tomar e foi ao Museu Municipal que doou parte do seu espólio o qual integra o Núcleo de Arte Contemporânea.