A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta profundamente a morte do artista plástico Jorge Santos (1974-2022).
Natural de Silves e formado em Artes Plásticas pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, Jorge Santos foi um dos mais talentosos artistas da sua geração, com uma abordagem multidisciplinar, logo evidente nas suas primeiras mostras individuais em 2001.
Com um percurso artístico no qual experimentou com a pintura, escultura, vídeo, fotografia e gravura, o seu trabalho foi apresentado tanto em Portugal como no estrangeiro, estando representado em diversas coleções privadas internacionais e nacionais, como as da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação PLMJ, da Fundação Carmona e Costa ou do MAAT.
Jorge Santos desenvolveu uma obra profundamente atenta ao valor de luz dos objetos e, sobretudo, da expressão da natureza e da sua permanente transformação e mudança, na relação com a luz e a sombra. Em todas as dimensões de reconhecimento sobre as identidades do dia e da noite, a sua obra definiu uma visualidade de expressão cósmica, com recurso a fortes contrastes cromáticos, reequilibrando uma poética do desenho transformado em pintura e esta no rigor da sua margem gráfica.
Silhuetas de árvores, o perfil da folhagem, os limites do contorno, o fluir da natureza, mas também as relações de influência e contágio entre o exterior natural e o interior da arquitetura desenhada pelo ser humano, entre janelas, cortinas, estores, movimentos, gestos e olhares, tudo isto faz parte do trabalho artístico de Jorge Santos e do universo tão próprio e imediatamente identificável que as suas obras apresentam.
À família e amigos enviam-se sentidas condolências.