A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta a morte do historiador, académico e ensaísta Joaquim Veríssimo Serrão (1925-2020), autor de uma obra historiográfica de referência e formador de muitas gerações de historiadores e investigadores.
Natural de Santarém, deixa-nos uma vasta bibliografia, que reflete os diversos interesses em que a sua investigação se centrou, com destaque para os trabalhos dedicados à História de Portugal dos séculos XV a XVIII e à História do Brasil dos séculos XVI e XVII, bem como os volumes da sua História de Portugal, obra panorâmica e de referência, tanto para historiadores como para aqueles que querem conhecer a história do nosso país.
Foi presidente da Academia Portuguesa da História, entre 1975 e 2006, projetando nacional e internacionalmente a reputação e o importante trabalho desta instituição tutelada pelo Ministério da Cultura. Num percurso profissional e autoral amplamente premiado, recebeu os prémios Alexandre Herculano (1954) e D. João II (1965) e, em 1995, o Prémio Príncipe de Astúrias em Ciências Sociais. Foi também distinguido com a Medalha de Mérito Cultural, engrandecendo com o seu nome e a sua obra esta distinção da cultura portuguesa.
O seu impacto na historiografia e na cultura portuguesa são inestimáveis, testemunhados pelo reconhecimento dos pares e por uma obra que fica como prova do talento, do rigor e da dedicação de um historiador exemplar, de um homem de cultura e de um professor que marcou e influenciou aqueles que com ele aprenderam.
À Família e Amigos enviam-se sentidas condolências.
Graça Fonseca