Ministra da Cultura lamenta morte do ator Armando Venâncio

A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta profundamente a morte do ator Armando Venâncio (1925-2020), impulsionador e pioneiro do teatro independente em Portugal.

Natural de Vieira de Leiria, estreou-se nos palcos em 1945, na Companhia Rafael de Oliveira, com a peça "Amor de Perdição". Com uma carreira longa e ligada ao teatro independente, Armando Venâncio foi um dos fundadores do Teatro Estúdio de Lisboa ou do Teatro do Povo, este último com Pedro Pinheiro e Fernanda de Figueiredo, estando também ligado aos primeiros anos do Teatro Maria Matos e tendo colaborado com o Teatro ABC, Casa da Comédia ou na Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro.

Armando Venâncio marcou ainda presença na televisão, desde a década de 1960, participando em programas teatrais como "A Pérola", de John Steinbeck, na adaptação de Herlander Peyroteo, ou "A Vida é um Sonho", de Ricardo Alberty, adaptado por Jorge Listopad, ou ainda "Transmissão Interrompida", de Ruy Ferrão. Participou também nas primeiras telenovelas portuguesas na década de 80, como "Cinzas", "Origens" ou "Chuva na Areia".

Através das personagens que interpretou, contribuiu para o conhecimento do nosso património literário, ao mesmo tempo que a sua presença na televisão ao longo de décadas o tornou um rosto conhecido e acarinhado pelo público português, que nunca esquecerá o seu talento e profissionalismo.

À sua família e amigos enviam-se sentidas condolências.

Graça Fonseca

8 de julho, 2020