Ministra da Cultura lamenta a morte do artista plástico e pintor Luís Noronha da Costa

A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta a morte do artista plástico e pintor Luís Noronha da Costa (1942-2020), um dos expoentes da pintura portuguesa na segunda metade do século XX.

Natural de Lisboa e com formação em Arquitetura, teve um percurso sólido e coerente, no qual se destacou, sobretudo, pelo seu extraordinário contributo para a pintura portuguesa. Além da arquitetura e da pintura, teve também um papel de relevo no cinema experimental, igualmente marcado por uma estética vanguardista, com raízes e referências no pensamento de autores como Heidegger, Nietzsche ou Marx. A partir do final da década de 60 começou a utilizar a pistola spray, aquela que se tornou a sua técnica mais reconhecível e que deu à sua obra uma identidade própria, distintiva e que mais identificamos com o seu percurso notável.

Expôs a sua obra desde a década de 60, tanto em mostra individual como coletiva, em Portugal como no estrangeiro, com destaque para a sua estreita ligação com a Galeria Nasoni. Foi amplamente distinguido com prémios como, por exemplo, o Prémio Soquil (1969), o Prémio Europeu de Pintura pelo Parlamento Europeu (1999), momento central de reconhecimento internacional da sua carreira, e o Prémio da Associação Internacional dos Críticos de Arte (2003). Foi também escolhido para representar Portugal na Bienal de São Paulo (1969) e na Bienal de Veneza (1970). Em 1983, na Fundação Calouste Gulbenkian, teve lugar a primeira grande retrospetiva da sua obra e, em 2003, uma nova grande exposição no Centro Cultural de Belém.

Uma das últimas vezes que a sua obra foi apresentada ao público foi em 2017, na Casa-Museu Medeiros e Almeida na exposição "Isto não é só um écran - Noronha da Costa - 50 anos de pintura".

As suas obras estão representadas nas mais significativas coleções nacionais de arte contemporânea, como a Coleção de Arte do Estado, a do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, a da Fundação de Serralves, a da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea ou a do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.

À Família e Amigos enviam-se sentidas condolências.