Ministra da Cultura lamenta a morte da historiadora de arte e conservadora Elisa Soares

A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta profundamente a morte da historiadora de arte e conservadora Elisa Soares (1959-2021), técnica superior do Museu Nacional Soares dos Reis e grande divulgadora da coleção de pintura desta instituição.

Licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, variante história da arte, o seu percurso profissional está intimamente ligado ao Museu Nacional Soares dos Reis, no qual começou a trabalhar em 1979, inicialmente no âmbito dos serviços educativos e depois no estudo, salvaguarda e valorização das suas coleções de pintura.

Exemplo de dedicação e rigor, Elisa Soares desenvolveu um trabalho ímpar na investigação da história da pintura portuguesa nos séculos XIX e XX, em particular na produção dos pintores da Escola do Porto, como Henrique Pousão ou Artur Loureiro, entre outros.

Ao longo da sua carreira comissariou várias exposições, com destaque para a exposição "Coleções em Diálogo", na Pinacoteca de S. Paulo, que deu a conhecer, no Brasil, um conjunto muito significativo de obras do acervo do Museu Nacional Soares dos Reis, dando grande visibilidade aos artistas e à arte portuguesa.

Mais recentemente, o trabalho de Elisa Soares centrou-se no estudo da artista Aurélia de Sousa. Fruto deste trabalho, que a ocupou nos últimos anos, deixou pronto o guião para a exposição evocativa do primeiro centenário da morte da pintora portuguesa, que terá lugar no ano de 2022.

O seu trabalho deixou uma marca indelével na história do Museu Nacional Soares dos Reis e na divulgação da sua coleção de pintura. Através dos seus textos e da sua investigação, deu um contributo inestimável para o conhecimento da pintura portuguesa, dentro e fora de Portugal.

À família e amigos enviam-se sentidas condolências.