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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Comunicados

2020-05-24 às 1h01

Ministra da Cultura lamenta a morte da escritora Maria Velho da Costa

A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta a morte da escritora Maria Velho da Costa (1938-2020), vencedora do Prémio Camões (2002) e uma voz singular e renovadora da ficção em português a partir da década de 60.

Com obras como «Lugar Comum» (1966) ou «Maina Mendes» (1969), Maria Velho da Costa destacou-se desde cedo pela sua prosa virtuosa e exata, com um estilo muito próprio, original e que transportava para a escrita a coragem que na vida pública nunca lhe faltou.

Foi adjunta na Secretaria de Estado da Cultura no Governo de Maria de Lourdes Pintassilgo, leitora no King’s College, adida cultural em Cabo Verde e foi, também, a primeira mulher a presidir à direção da Associação Portuguesa de Escritores. Mas nunca poderemos deixar de a recordar como uma das Três Marias e co-autora de uma das mais importantes obras literárias da segunda metade do século XX português e momento fundamental do feminismo em Portugal.

Uma mulher corajosa e uma escritora inovadora e brilhante, entre os seus textos encontramos alguns dos momentos mais altos da literatura portuguesa contemporânea. Recordá-la nos seus gestos de desafio e regressar constantemente aos seus livros, eis o que devemos a Maria Velho da Costa. Regressar a uma obra faz parte do nosso património literário, principalmente quando nos soube mostrar o País que teimávamos em não ver.

As suas histórias serão fonte de inspiração e exemplo permanente, até porque, como Maria Velho da Costa escreveu, «em todas as histórias há sempre uma ponta de paraíso, um véu de clemência que estende uma ponte, fugaz que seja».

À Família e Amigos enviam-se sentidas condolências.
Tags: literatura
Áreas:
Cultura