O Governo voltou hoje a reunir-se com a estruturas sindicais representativas dos trabalhadores da Administração Pública para prosseguir com a negociação da política salarial para o início do próximo ano. Esta foi a segunda e última reunião de negociação coletiva, podendo ainda os sindicatos, se assim entenderem, requerer uma reunião suplementar. Caso venham a fazê-lo, a reunião realizar-se-á no dia 17 de novembro.
Assim, já a partir de janeiro de 2022, os salários dos trabalhadores públicos serão valorizados por duas vias: todos salários terão uma atualização transversal de 0,9% e a Base Remuneratória da Administração Pública (BRAP) será atualizada para o valor da retribuição mínima mensal garantida.
As atualizações previstas para o próximo ano representam a continuidade da política de valorização salarial dos trabalhadores da Administração Pública iniciada na anterior legislatura e prosseguida na atual através das seguintes medidas:
• Em 2020, o Governo atualizou em 10 euros os salários dos trabalhadores que auferiam o equivalente à BRAP e dos que estavam posicionados no nível 5 da Tabela Remuneratória Única (TRU), bem como dos que estão entre estes dois níveis; e para os restantes trabalhadores, houve um aumento salarial de 0,3%;
• Em 2021, perante o cenário de pandemia que trouxe enormes desafios e implicou um esforço considerável de equilíbrio orçamental, os trabalhadores cujos salários se situavam na BRAP tiveram um aumento de 20 euros; e aqueles cujos salários se situavam entre a BRAP e o nível 7 da TRU (com salários até aos 800 euros) receberam um aumento de 10 euros.
Tratando-se de uma atualização em linha com a inflação, o Governo decidiu avançar com a mesma, procedendo à respetiva negociação com as estruturais sindicais para, desta forma, permitir que os trabalhadores públicos beneficiem da atualização logo a partir de janeiro. A atualização dos salários da Administração Pública em 0,9% a partir de 1 de janeiro de 2022 tem um custo de 225 milhões de euros.