Educação em Números 2019/2020

Está publicado no sítio da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC) o relatório Educação em Números, que todos os anos agrega os números relativos a alunos, docentes, estabelecimentos e recursos tecnológicos. Atualizado anualmente, este relatório integra séries longitudinais que permitem acompanhar a evolução do sistema educativo português.

Os dados relativos a 2019/2020 evidenciam a continuidade da redução do número de alunos em todos os subsistemas de ensino, com uma quebra de cerca de 15 mil alunos no último ano, reflexo da demografia. Regista-se, contudo, uma ligeira subida do número de crianças que frequentam a Educação Pré-Escolar (mais cerca de 7300). Este aumento é acompanhado de uma subida da taxa de escolarização, consequência do esforço de valorização da importância da Educação Pré-Escolar, reconhecida cada vez mais pelas famílias e da abertura de salas na rede pública.

A Educação em Números continua a permitir verificar o aumento progressivo do número de docentes, que não acompanha a redução do número de alunos. Nos últimos 5 anos, regista-se um aumento de cerca de 7000 professores, fruto do investimento em medidas de apoio aos alunos, como as tutorias, a redução do número de alunos por turma ou o investimento em programas específicos. Este investimento em recursos humanos leva a que se registe também uma diminuição progressiva do rácio alunos/professor (13 no 1.º ciclo; 9,2 no 2.º ciclo; e 8,2 no 3.º ciclo e secundário).

É também de registar a melhoria global dos resultados na diminuição das taxas de retenção e desistência, com principal destaque para a queda de 4,5% no ensino secundário. Esta melhoria tem sido consistente ao longo dos anos, sendo de destacar que, em apenas 15 anos, a taxa de retenção baixou de 30,6% para 8,4%. Acompanha esta melhoria dos resultados a diversificação da oferta formativa, tendo triplicado – no mesmo período – o número de alunos que frequenta o ensino profissional.

Em termos dos recursos tecnológicos, o ano 2019/2020 regista uma diminuição do número de alunos por computador com internet, tendência que acelerará por via da chegada às escolas, durante o último ano, de mais de cerca de meio milhão de equipamentos.