«Os Estados-membros devem olhar para a União Económica e Monetária e compreender que há que construir pontes para reforçar a coesão, o crescimento económico e o emprego», disse o Primeiro-Ministro, António Costa, no debate sobre o Conselho Europeu de 14 e 15 de dezembro, na Assembleia da República.
Acrescentando que a União Económica e Monetária «é uma questão crucial para Portugal», o Primeiro-Ministro lembrou que o País teve «15 anos de forte convergência económica» com a União Europeia, seguidos de «15 anos de forte divergência, salvo os últimos três trimestres».
«Aquilo que mudou foi a dificuldade da economia portuguesa em se adaptar à competitividade introduzida pelo euro», disse António Costa, referindo que «a União Europeia ignorou a experiência de outras uniões monetárias» pois «não há convergência sem a correção de assimetrias» entre os Estados-membros.
Prevenir novas crises económico-financeiras
O Primeiro-Ministro afirmou ainda: «Todos aprendemos com os efeitos da crise de 2008 e de 2011» e «a primeira lição a tirar é que é preciso preveni-las».
«Para fomentar a convergência é preciso que a União Europeia tenha capacidade orçamental própria», disse António Costa.
Em segundo lugar, «há que dotar a União Europeia de um Fundo Monetário Europeu para que haja um Fundo Único de Resolução», referiu ainda o Primeiro-Ministro.
«A união bancária é muito importante, e também deve ser encontrada uma solução para o crédito malparado, coordenando as políticas orçamentais dos vários Estados-membros», concluiu.
O Conselho Europeu terá lugar nos dias 14 e 15 de dezembro, em Bruxelas. Outros temas da agenda serão a cooperação estruturada permanente na Defesa, o Pilar Social Europeu e as migrações.