Web Summit é «uma montra que capacita as nossas startups»

O Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, afirmou que as duas edições da Web Summit em Portugal ajudaram a colocar «a imagem de Portugal no setor das tecnologias num nível completamente diferente».
 
Em Lisboa, durante uma intervenção na abertura da conferência «O Futuro do Dinheiro», o Ministro realçou que a cimeira tecnológica colocou Portugal no mapa de grandes empresas, conjuntamente com outros esforços do Governo e de agentes nacionais.

 
«Esta é uma montra que capacita as nossas startups», destacou Pedro Siza Vieira, sublinhando que esta é uma das vertentes do acordo com a Web Summit, os «acessos a investidores» para que as empresas possam desenvolver produtos ou chegar ao mercado.
 
O Ministro acrescentou também que o Governo vai aproveitar o sucesso recente para aprovar uma estratégia de empreendedorismo no Conselho de Ministros «para criar melhores condições» para o desenvolvimento do setor.
 
Supervisão, tecnologia e regulamentação da banca
 
Pedro Siza Vieira abordou também a mudança que o setor da banca está a atravessar, realçando três fatores que não só não vão desaparecer como terão tendência para «acentuar-se e gerar mudanças».
 
«Uma supervisão mais apertada que torna mais cara aos bancos tradicionais a prestação de serviços, uma tecnologia que permite a entrada de novos protagonistas a fazer concorrência com os bancos tradicionais, uma regulamentação que quebrou o vínculo que dantes parecia indissolúvel do banco com o seu cliente», enumerou.
 
O Ministro afirmou que estas mudanças, muito drásticas, «vão mudar o mercado dos serviços financeiros para a frente» propiciando novos protagonistas, novos produtos e novos modelos de negócio.
 
Para os três fatores, há três respostas: oportunidade, flexibilidade e responsabilidade. «É uma oportunidade para o País que os supervisores têm de acompanhar e criar condições para que possam ser viabilizados e que os decisores políticos têm de acompanhar e o dever de criar condições».
 
Pedro Siza Vieira destacou que os supervisores terão de estar abertos e flexíveis para garantir uma supervisão adequada aos novos modelos e sublinhou a importância dessa flexibilidade «para tornar Portugal um país onde as startups encontrem possibilidade» de testar produtos e serviços.
 
No setor da digitalização, o Ministro realçou a importância de os bancos encararem a mudança como uma oportunidade para «assumir o papel de investidores». «Podem ser os grandes investidores privados que acompanham e que investem no desenvolvimento deste setor», referiu.