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2019-01-21 às 12h32

União Europeia avança com sistema de deteção de campanhas de desinformação

Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, à entrada para o Conselho informal de Ministros dos Negócios da União Europeia, Sófia, 16 fevereiro 2018 (foto: União Europeia)
O Governo português designou o embaixador Luís Barreira de Sousa como responsável em Portugal pelo sistema de alerta rápido de campanhas de desinformação da União Europeia, disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

A UE está a criar e instalar um sistema de deteção e combate a campanhas de desinformação porque se estas campanhas de notícias falsas (fake news) forem bem-sucedidas «perturbam uma das regras essenciais de uma eleição democrática, que é os eleitores conhecerem as alternativas possíveis e portanto disporem da informação suficiente para formarem o seu próprio juízo».

Santos Silva fez esta declaração no final de uma reunião dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, na qual foi feito um primeiro ponto da situação sobre o Plano de Ação da União Europeia de combate à desinformação.

O Ministro acrescentou que está já em fase adiantada de preparação uma das medidas previstas, um sistema de alerta rápido, «para que cada Estado-membro possa obter logo informação a partir do momento em que aqui em Bruxelas ou em qualquer outra capital se identifique qualquer campanha em preparação ou em prática».

«Nós esperamos que até ao fim do primeiro trimestre» o sistema de alerta rápido «esteja em pleno funcionamento», disse, acrescentando que o ponto focal em Portugal do sistema de alerta europeu é o «embaixador especial para as questões de cibersegurança», Luís Barreira de Sousa.

O Ministro sublinhou que o Plano de Ação, proposto pela Comissão Europeia e decidido pelos líderes europeus, inclui várias vertentes, tendo também sido criadas equipas dentro do Serviço Europeu de Ação Externa, o corpo diplomático da UE, para identificar em tempo real campanhas organizadas dirigidas contra a União a partir do exterior.

«Este plano de ação sobre a desinformação é particularmente importante em 2019, ano em que se realizarão eleições europeias [de 23 a 26 de maio], além de vários outros países terem eleições presidenciais, nacionais, regionais ou locais», disse. 

«Pelo que já vimos em anos anteriores, é muito importante que todos estejamos alerta, todos partilhemos depressa as informações de que disponhamos, e todos estejamos preparados para reagir a estas campanhas de desinformação», acrescentou Santos Silva.

A primeira equipa foi criada em 2014 com a função de monitorizar campanhas originadas nos países do Leste Europeu, havendo uma segunda para a região dos Balcãs, e ambas já detetaram campanhas de desinformação.